O governo brasileiro é laico, mas não é laicista. Nosso sistema político não admite nenhuma religião ou crença religiosa em particular como oficial do Estado, mas não deixa de reconhecer e garantir a existência de todos os segmentos de fé, em especial o que representa a maioria da população do país, que é o cristianismo.
Com base nisso o Senador Magno Malta solicitou no último dia 8, durante sessão no plenário do Senado Federal, uma cerimônia de homenagem aos 50 anos de existência da Igreja Cristã Maranata, fundada em 1968 pelo pastor Gedelti Gueiros.
Com sede no Espírito Santo, a denominação possui 6 mil templos espalhados pelo Brasil e uma comunidade de aproximadamente 750 mil fiéis, sendo uma das maiores instituições religiosas do país.
Concordando com o Senador Magno Malta, também assinaram o requerimento os senadores Eduardo Lopes (PRB/RJ), Jorge Viana (PT/AC), Senador Omar Aziz (PSD/AM), Senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES) e Senador Sérgio Petecão (PSD/AC).
“Considerada uma das mais sólidas e importante igrejas cristãs do Brasil, a Igreja Cristã Maranata se destaca também pelos trabalhos sociais que desenvolve cuidando dos menos favorecidos, lutando pela construção de uma sociedade mais justa e solidária”, diz um trecho da justificativa apresentada no requerimento.
“São 50 anos proclamando a vida, resgatando a vida. 50 anos de agência de Deus no Brasil e no mundo”, disse o Senador Magno Malta, que é conhecido por sua defesa da liberdade religiosa, além de temas relacionados à família.
Malta fez o pedido no plenário diretamente ao Presidente do Senado, Senador Eunício Oliveira (PMSB-CE), que se comprometeu a realizar a sessão marcada para o próximo dia 23. Malta também falou da sua amizade pessoal com o pastor e cirurgião dentista Gedelti Gueiros, a quem chamou de amigo.
Polêmica prisão do fundador da Igreja Cristã Maranata
Em 2013 a Igreja Cristã Maranata foi investigada pelo Ministério Público Federal, para apurar o desvio de aproximadamente R$ 24 milhões entre dízimos e ofertas na sede do Espírito Santo. Na ocasião, 10 pastores tiveram a sua prisão decretada, entre eles o fundador da igreja, pastor Gedelti Gueiros.
Em junho daquele ano Gedelti foi preso em sua casa e enviado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana, na região metropolitana de Vitória, capital do Estado.
A defesa do pastor, no entanto, conseguiu entrar com um recurso e converter a prisão para detenção domiciliar. Ainda assim, na época Gedelti teve o passaporte confiscado e foi proibido de continuar atuando na administração da igreja.
Assista abaixo o momento da solicitação feita pelo Senador Magno Malta no Senado: