No último domingo, 07 de abril, a esposa do pastor Gedelti Gueiros, irmã Jurama Barros Gueiros, faleceu aos 83 anos de idade.
Ela e o marido são os fundadores da Igreja Cristã Maranata, sediada no Espírito Santo. Ao longo de sua vida, a irmã Jurama atuou de forma intensa pela comunidade, ajudando a impulsionar o crescimento da denominação, que hoje conta com seis mil congregações espalhadas pelo Brasil e aproximadamente 750 mil membros.
Jurama também se dedicou a um trabalho voltado às mulheres da igreja, levando-as a um protagonismo dentro da denominação. Ela deixou o esposo, uma filha e dois netos. O culto fúnebre em homenagem à memória da irmã foi realizado na última segunda-feira, 08, às 10h00, em Vila Velha (ES).
Igreja Maranata
Em 2018, a denominação completou 50 anos. Fundada em janeiro de 1968, no bairro da Toca, no município de Vila Velha, a Igreja Cristã Maranata nasceu de uma cisão que ocorreu na década de 1960 no Brasil, quando fiéis de diversas igrejas protestantes tradicionais começaram a ter experiências com línguas estranhas.
Em 2013, a denominação esteve no centro de uma polêmica envolvendo desvios de dízimos e ofertas, numa soma que pode ter chegado a R$ 24,8 milhões. Na ocasião, o pastor Gedelti Gueiros chegou a ser preso, junto com outros três diretores da Maranata, acusados de coação de testemunhas que estavam sendo ouvidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no inquérito.
De acordo com os promotores, os denunciados “obtiveram vantagem indevida valendo-se de artifícios fraudulentos – ora utilizando-se de empresas já constituídas, ora mediante constituição de empresas simuladas – visando a justificar emissão de notas fiscais superfaturadas para possibilitar a saída de dinheiro do Presbitério”.
Entre os 19 acusados, cinco enfrentam uma segunda ação movida pelo MP, onde são denunciados por ameaçar e coagir testemunhas. O pastor Gueiros, que havia sido preso por esse motivo, foi retirado da lista por falta de provas.