Para muitos, a pandemia do novo coronavírus pode ter prejudicado o exercício da fé, ao menos do ponto de vista congregacional, ou seja, da reunião entre irmãos em Cristo no mesmo espaço da igreja, no templo.
Mas, por outro lado, a quarentena também proporcionou momentos distintos entre os seguidores de Jesus, os quais tiveram a oportunidade de compartilhar o Evangelho da salvação com pessoas de dentro da própria casa, o chamado evangelismo familiar.
Foi através disso que a igreja Hillvue Heights em Kentucky, nos Estados Unidos, conseguiu superar suas expectativas com relação ao número anual de batismos para o ano de 2020, e tudo isso em plena pandemia.
A meta da igreja era realizar 700 batismos em 2020, mas só em agosto, mês que puderam retomar às atividades presenciais, eles já alcançaram 500 batizados, muito além do número esperado para o período.
“Assim que começamos a voltar, as pessoas simplesmente trouxeram aqueles com os quais haviam compartilhado o Evangelho durante a Covid”, disse o pastor da igreja, Jamie Ward.
“Eles estavam esperando a oportunidade de serem batizados. Honestamente, era meio difícil de acompanhar. As pessoas vinham em dias e noites diferentes para o batismo”, detalhou o líder religioso.
Segundo Ward, isso ocorreu porque apesar da quarentena, os membros da igreja não pararam de compartilhar o Evangelho de Cristo. Eles aproveitaram a ocasião de isolamento para evangelizar familiares, amigos e outros próximos. A igreja, de fato, se manteve ativa durante todo o período em que o templo ficou fechado.
“O que tem sido incrível durante meu tempo em Hillvue, muitos desses batismos não são resultado de um sermão. São pessoas compartilhando sua fé com suas famílias, colegas de trabalho e vizinhos. Outra coisa que fazemos em Hillvue, se você levar um amigo a Cristo, queremos que você o batize”, diz o pastor.
Para Ward, apesar dos efeitos trágicos da quarentena sobre a vida de milhares de pessoas, o isolamento social também provocou um despertar entre os cristãos para a necessidade de anunciar o amor de Cristo, especialmente em um contexto de pânico e desesperança.
“Estamos entusiasmados com isso, mas na verdade são as pessoas que compartilham a fé. Isso é o que faz toda a diferença do mundo. As pessoas precisavam pregar, ensinar e compartilhar o Evangelho”, conclui o pastor, segundo o Baptist News.