Durante a pandemia do novo coronavírus, na linha de frente da guerra contra o vírus estão os profissionais de saúde, pessoas que lidam diretamente não apenas com os infectados pela Covid-19, mas também com pesquisas e o desenvolvimento de protocolos de segurança.
São enfermeiros, técnicos, médicos e até psicólogos lidando com os efeitos da pandemia, muitos deles provocando sequelas irreversíveis, como a morte de pessoas e o trauma emocional/psicológico dos familiares em decorrência disso.
Ciente dessa realidade, uma igreja resolveu aproveitar novembro como o mês mundial de Ação de Graças, para fazer uma homenagem aos profissionais de saúde que se dedicaram suas vidas no combate à pandemia, sendo que alguns até morreram por causa disso.
Se trata da Igreja Batista Getsêmani, em Palmas, no Tocantins. A homenagem ocorrerá em um culto que será realizado no próximo dia 21. Segundo o pastor da denominação, Joaquim Ferreira, o momento também é um gesto de submissão ao senhorio de Cristo.
“Render graças ao Senhor é um princípio bíblico e uma postura de gratidão nos ajuda a entender que Deus está no controle de todas as coisas”, disse ele, segundo informações do Conexão TO.
“Queremos reconhecer a grandeza dessa entrega, do trabalho por vocação, do esforço para salvar vidas sendo muito mais importante do que se proteger de uma guerra”, completou o pastor.
Testemunho de médico
De fato, o risco enfrentado pelos profissionais de saúde que lutam contra o coronavírus envolve a própria vida. O médico Felipe Cardoso da Mata, por exemplo, testemunhou isso pessoalmente, após ser infectado durante o seu trabalho, no Hospital São Francisco, em Cariacica (ES).
“O tempo todo eu pensava que o pior pudesse acontecer. Já estava me preparando para morte. Conversei com minha esposa, entreguei meus cartões, o dinheiro que estava na carteira e expliquei como resgatar uma aplicação que fiz, pois, como médico, vi que a situação poderia se agravar e estava indo para um caminho ruim”, disse ele, segundo o Gospel Mais.
Felizmente, Felipe se recuperou e tudo o que ele vivenciou serviu para lhe deixar ainda mais empático com os seus pacientes. Ele também aproveitou para alertar sobre a necessidade da população levar o coronavírus a sério, visto se tratar de uma doença que “engana muito”.
“Passar por essa experiência me fez entender melhor a doença, e agora e consigo tratar melhor meus pacientes. É uma doença que engana muito. A pessoa acha que está bem, mas não está. Teve um paciente que queria ter alta, mas o estado era gravíssimo, e ele morreu no mesmo dia”, disse ele.