As cerimônias de casamento gay sempre foram temidas por lideranças cristãs, que enxergam na união entre pessoas do mesmo sexo uma distorção do propósito do casamento segundo a Bíblia Sagrada.
Na Igreja Metodista nos Estados Unidos, um movimento de pastores se levantou favorável aos casais homossexuais e passou a realizar as cerimônias de casamento nos templos da denominação, o que gerou indignação em boa parte dos membros e na direção da igreja.
Agora, uma medida mais drástica foi tomada pela corte da Igreja Metodista ao analisar o caso do pastor Frank Schaefer, que celebrou o casamento de seu filho com outro homem em 2007.
Durante o processo disciplinar, Schaefer foi considerado culpado de violar os princípios da igreja, e como punição, o pastor deverá escolher entre abdicar de celebrar novos casamentos gays ou entregar suas credenciais de sacerdote e deixar de exercer a função pastoral.
O regimento da Igreja Metodista não permite a ordenação de homossexuais assumidos, e proíbe seus líderes de realizarem cerimônias de união homossexual, ou permitirem que tais celebrações aconteçam nos templos da denominação.
Frank Schaefer é um dos vários pastores da denominação que se rebelaram e manifestaram-se favoravelmente à realização de cerimônias de casamento gay, segundo informações do Religion News.
Durante as audiências da corte da Igreja Metodista, Schaefer afirmou que sua postura era orientada pelo amor às pessoas, e não pelo desejo de se rebelar contra a denominação, e disse que não mudará suas convicções: “Eu não posso voltar a ser um torcedor em silêncio”, disse ele.