A prisão do pastor Wang Yi e outras 100 pessoas da comunidade cristã Early Child Covenant Church, localizada no sudoeste da China, não foi suficiente para intimidar os fiéis, amigos e familiares do líder evangélico. Mesmo sob perseguição, eles decidiram continuar realizando os cultos no templo, abertamente.
“Esta onda de repressão é incomum, pois parece que as autoridades querem fechar a igreja para sempre”, disse Li Yingqiang, um dos membros da igreja, segundo informações do The South China Morning Post.
“Nossas contas de canal de mídia social como o WeChat não foram fechadas em ações anteriores e eles levaram um grande número de nossos membros detidos desta vez. A escala de perseguição é inédita”, acrescentou.
O pastor Wang Yi é conhecido em toda a comunidade cristã da China, sendo a sua igreja uma das maiores do país. Todavia, sua coragem em criticar abertamente o Partido Comunista Chinês é o que pode ter sido o real motivo da sua prisão.
O diácono da igreja, Zhang Guoqing, informou ao ‘South China Morning Post’ que a casa do pastor Yi foi invadida e saqueada pelos policiais. A justificativa seria a suposta “ilegalidade” do funcionamento da igreja.
“Sua casa foi saqueada. Foi uma bagunça. A polícia disse que nossa igreja é uma organização ilegal e não podemos participar de mais reuniões a partir de agora”, contou o diácono, segundo a CBN News.
Apesar de tudo, os membros seguem os passos do pastor Wang Yi, que disse ser incompatível a ideologia comunista com a fé cristã, decidindo manter os cultos no templo da igreja abertamente e, portanto, ignorando às intimidações do Governo chinês.
“Mesmo se estivermos reduzidos a nossos últimos cinco anos, a adoração e as reuniões ainda continuarão, porque nossa fé é real”, disse outro membro, Li Yingqiang. “A perseguição é um preço que vale a pena pagar pelo Senhor. Preferimos viver através dela do que esconder nossa fé”, conclui.