Um dia antes da sabatina do Senado a Luiz Edson Fachin, o pastor Silas Malafaia questionou publicamente o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) sobre sua posição a respeito da indicação do advogado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última terça-feira, 12 de maio, Fachin foi ouvido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por longas 12 horas, e alheio às queixas de Malafaia e outros evangélicos, Crivella demonstrou ser favorável à indicação do advogado ao cargo que foi de Joaquim Barbosa.
“Marcelo Crivella foi espinafrado ontem nas redes sociais de evangélicos antiFachin. O sobrinho de Edir Macedo não atacou o jurista por suas posições com relação ao pagamento de pensão para amantes durante a sabatina da CCJ. Pelo contrário, foi bastante gentil durante a sua fala”, informou o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no site da revista Veja.
De acordo com Jardim, “a Universal é Fachin”, indicando que o partido ao qual Crivella é filiado, e que abriga quase a totalidade dos políticos da denominação de Edir Macedo, iria se manter fiel à aliança com o PT e votar a favor da indicação da presidente Dilma Rousseff.
Na CCJ, o nome de Fachin foi aprovado por 12 votos a 7 em sessão secreta. De acordo com o jornalista Políbio Braga, nos bastidores comenta-se que os sete que se opuseram foram Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB); Ricardo Ferraço (PMDB-ES), José Agripino (DEM-RN) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Magno Malta (PR-ES).
As críticas ao “comunista” Fachin no meio evangélico se dão por sua posição em defesa de direitos de pensão a amantes, fim da propriedade privada e a chamada “paternidade impositiva”, que sugere que um homem seja declarado pai de uma criança e, discordando, ele seja obrigado a provar o contrário.