O encerramento das atividades em muitas igrejas evangélicas e de outros segmentos religiosos, como centros espíritas, provocou uma onda de dificuldades financeiras enfrentadas pelo segmento devido à pandemia da Covid-19.
Templos e locais de cerimônia religiosa são mantidos através das doações dos fiéis, o que dificulta a realização desse procedimento quando não há atividade sendo exercida.
Contas de energia, água, internet e limpeza, por exemplo, se acumularam ao longo da pandemia da Ccovid-19, além do sustento das pessoas que dependem da vida religiosa, como os líderes de várias religiões, que também foram prejudicados.
Pensando nisso, um grupo de líderes religiosos de várias igrejas decidiu se reunir nesta terça-feira (31/03), em Brasília, a fim de discutir propostas capazes de aliviar às consequências da pandemia no setor.
O encontro foi mediado pelo chefe da Unidade de Assuntos Religiosos (Unar), Kildare Meira, segundo informações do portal Metrópoles. Entre as ideias está o pedido de adiamento das contas públicas, tais como cobranças de energia e água, e também a liberação de um crédito especial.
O crédito seria liberado para as igrejas e outros centros religiosos pelo Banco Regional de Brasília (BRB). Além disso, os líderes religiosos também pediram a liberação de pelo menos 25% do número de fiéis para que possam retomar às atividades aos poucos.
Em Cuiabá, por exemplo, no Mato Grosso, o prefeito Emanuel Pinheiro concordou em liberar o funcionamento gradual das igrejas na região. Ele resolveu assinar um acordo com os líderes locais pela colaboração conjunta em prol da luta contra a pandemia.
Na concepção de Pinheiro, os fiéis e lideranças religiosas devem atentar para a responsabilidade individual na luta contra o coronavírus, permitindo assim que eles próprios atuem de forma responsável diante das atividades que realizam nos templos.
“Assim como fizemos com o setor empresarial, estamos assinando o termo de compromisso de cooperação para a volta segura e gradativa das celebrações religiosas em Cuiabá”, afirmou o prefeito na ocasião.