Um dos integrantes do grupo “Originais do Samba”, José Rodrigues, mais conhecido como “Gibi”, falou sobre como alcançou o sucesso na música e do preço que isso lhe exigiu, ao ponto de não conseguir mais suportar uma vida sem Deus e querer cometer suicídio mais de uma vez.
O grupo “Originais do Samba” é um dos mais tradicionais do gênero na música popular brasileira, sendo uma referência desde 1960, quando foi fundado. O testemunho de Gibi, no entanto, mostra que quando se trata de vida espiritual e felicidade, as aparências enganam e nem sempre o que vemos nos palcos reflete a vida real dos artistas.
“Tenho 66 anos e aos quatro foi a primeira vez que eu subi em um palco para cantar. Ali fiz a minha primeira apresentação como cantor e comecei a amar a música. Quando eu me vi como profissional, vi o grupo ‘Originais do Samba’ e disse: ‘Vou entrar nesse grupo’. Então eu falei com um pai de santo para saber como que eu fazia para entrar”, disse ele.
Gibi entrou na segunda formação do “Originais do Samba”. Na ocasião, o ex-trapalhões, mais conhecido como Mussum, fazia parte do grupo:
“Eu tive que pagar o preço e foi alto. Ali eu consegui entrar no lugar do Mussum, virei destaque no grupo, fiquei conhecido no Brasil inteiro, Portugal, Itália, França e Japão. Estava fazendo muito sucesso, ganhando muito dinheiro. Mas em compensação, minha vida começou a ficar muito conturbada”, disse ele.
Testemunho
Gibi tentou o suicídio e percebeu que as entidades que servia eram malignas
O músico tinha muitas posses, dinheiro e relacionamentos sexuais que atendiam o seu prazer carnal, mas nada preenchia o vazio espiritual que estava em seu coração. Ele viu que a vida humana possui um sentido muito maior do que simplesmente obter sucesso econômico e prazeres físicos, mas até então não entendia como isso poderia existir em sua vida:
“Tentei o suicídio, foram mais de 30 comprimidos de Diazepam. Tomei com meio litro de conhaque para ver se acabava comigo. Eu tinha em casa um altar montado para as entidades e todo dia eu ia lá e conversava com essas imagens. Perguntava porque as coisas não estavam dando certo, o que estava acontecendo. Então eu peguei um taco de beisebol e desci a madeira em tudo”, contou ele.
“Quebrei todas as imagens. A briga foi tão feia que eu virei para Deus e disse que ele também era um. Eu levantei uma Bíblia para o alto e disse: ‘Isso aqui para mim é lixo’. Joguei a Bíblia fora. Saí correndo para pular do 12º andar e na hora que eu corri tomei um tropeção e cai em cima da Bíblia que estava aberta no livro de Salmos, 81”, completou o cantor, citando o capítulo bíblico onde possui a passagem:
“Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos foram livres dos cestos. Clamaste na angústia, e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá (Salmos 81:6-7).
“Era o próprio Deus falando comigo. Naquele dia peguei a Bíblia do chão e agarrei como se estivesse abraçando a Deus”, disse ele, explicando que no outro dia viu um pastor na TV convidando para um culto. Ele foi até à igreja e lá entregou a sua vida para Deus.
“Voltei para casa feliz da vida. Matei a velha criatura, matei os demônios, matei tudo que estava junto comigo (…). O conjunto estava no auge, mas eu saí e senti que um peso saiu de mim. Hoje digo que o Senhor Jesus havia dado tudo dele para mim, mas eu queria conhecer Deus de fato. Deus me tirou do inferno e me colocou sentado ao lado dos príncipes”, finaliza. Com informações: Guiame.