O exército iraquiano anunciou a recuperação total do controle do território do país e comemorou o fim do Estado Islâmico na manhã da última quinta-feira, 29 de junho. A cidade de Mosul, no norte do país, era o principal reduto dos terroristas desde sua ascensão.
O confronto das forças armadas do Iraque contra o Estado Islâmico já durava mais de 250 dias, mas com o apoio logístico e bélico dos Estados Unidos, conseguiram derrotar as forças do grupo extremista do país.
“Seu reinado fictício caiu”, disse o porta-voz das forças armadas, Yahya Rasool, em entrevista à emissora de TV do governo. No mesmo dia, há três anos, Abu Bakr al-Baghdadi havia declarado o estabelecimento do califado no mesmo local. Agora, com os terroristas afugentados e al-Baghdadi supostamente morto pelos russos na Síria, o Iraque se considera livre do Estado Islâmico.
Antes do surgimento do Estado Islâmico, Mosul era a principal cidade cristã do Iraque, com uma pulsante comunidade e convivência pacífica entre cristãos e muçulmanos. “Estamos vendo o fim do falso Estado Islâmico”, afirmou o primeiro-ministro do país, Haider al-Abadi, através de seu perfil no Twitter.
De acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN), o último ponto de resistência do Estado Islâmico era a mesquita Grand-Al-Nuri, que tem 850 anos. A conquista do controle desse templo foi considerada uma vitória simbólica, já que ele era de importância estratégica para os terroristas.
As autoridades iraquianas agora trabalham para recuperar o controle de pequenos pontos espalhados por Mosul, onde os extremistas do Estado Islâmico estão escondidos, apesar de cercados.
Abdul Wahab al-Saadi, um tenente-general, afirmou à agência de notícias Associated Press que as tropas especiais da elite entraram no complexo religioso e já assumiram o controle das ruas que cercam a mesquita, após uma ofensiva executada assim que o sol brilhou. Em outros pontos, terroristas foram vistos em fuga.
A mesquita foi submetida a uma varredura nas primeiras horas dessa sexta-feira, 30 de junho, pois os militares iraquianos suspeitam que os extremistas muçulmanos deixaram bombas instaladas no templo antes de partirem, assim como minas no entorno.