J. K. Rowling é uma das principais vozes femininas contra a ideologia trans, destacando sempre que esse ativismo tira oportunidades de mulheres para colocar homens em posição de privilégio. E agora, a escritora da saga Harry Potter afirmou que prefere ser presa do que chamar um homem de “mulher”.
Ela declarou enfaticamente em uma publicação nas redes sociais que prefere ser processada a ceder à ideologia trans. Ela compartilhou uma foto de um anúncio que dizia “Repita Conosco: Mulheres trans são mulheres”, e escreveu “Não” na legenda, sem rodeios.
Em resposta, um músico que segue a escritora comentou a proposta do Partido Trabalhista que prevê prisão de dois anos de cadeia para quem cometer “erro de gênero”, o que na prática se torna uma imposição para que as pessoas tratem transexuais da forma como eles exigem, proibindo que o tratamento tenha o sexo biológico como referência.
Embora o Partido Trabalhista – equivalente a legendas como PT e PSOL no Brasil – não tenha maioria no parlamento britânico, algumas vitórias recentes em votações contra o Partido Conservador levam muitos analistas a considerarem que a aprovação da proposta de cadeia para quem cometer “ofensa agravada” contra trans por não os tratar pela identidade autodeclarada.
Mesmo assim, a escritora enfatizou que não irá se curvar aos ativistas da ideologia trans para ficar fora da prisão: “Ficarei feliz em cumprir dois anos se a alternativa for o discurso forçado e a negação forçada da realidade da importância e do sexo. Te digo: traga o processo judicial. Será mais divertido do que nunca no tapete vermelho”.
Em seguida, a escritora respondeu outro comentário, descrevendo como imaginava que seria sua vida na cadeia e afirmando ter expectativa de conhecer “a biblioteca, obviamente”, mas que também gostaria de trabalhar: “Vejo você lá dentro. Gosto bastante das cozinhas. Acho que poderia me dar bem nas cozinhas”.
“Lavanderia pode ser um problema”, ela continuou. “Tenho tendência a encolher coisas/torná-las rosadas acidentalmente. Acho que isso não será um problema se forem principalmente uniformes e lençóis”, ironizou.
De acordo com informações do portal The Christian Post, J. K. Rowling tem se dedicado a enfatizar que o sexo biológico “tem implicações reais” na forma como as pessoas vivem: “Se o sexo não for real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não for real, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo será apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo elimina a capacidade de muitos de discutirem suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade”, declarou.
A postura coerente e lógica da escritora, porém, não a coloca em uma posição de conservadorismo ou apologista do cristianismo. J. K. Rowling, em outros momentos, fez declarações de cunho progressista, e se manifesta em favor do feminismo e também de pautas LGBT.