O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) pode perder o mandato em um processo aberto pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados na última terça-feira, 27 de março, por uma declaração compreendida como apologia às drogas.
A representação contra Jean Wyllys foi feita pelo PR, que considerou ter havido quebra de decoro parlamentar da parte do deputado. Outras duas representações foram feitas pelo partido contra a deputada Érika Kokay (PT-DF), acusada de injúria e difamação; e Ivan Valente (PSOL-SP), por calúnia, injúria e difamação.
A acusação de apologia às drogas feita contra Jean Wyllys remete a uma entrevista concedida à jornalista Leda Nagle, no YouTube, em que o parlamentar diz que consumiria drogas ilícitas e faria sexo com as pessoas que desejasse se não houvesse consequências, segundo informações do portal G1.
Em novembro de 2017, o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) havia dito que seria preciso investigar se Wyllys cometeu “crime de apologia às drogas e perversão sexual”, assim como a “quebra de decoro parlamentar”, que poderia ser configurada por sua postura de disposição de descumprimento das leis.
Agora, o PR resolveu representar contra Wyllys, e a assessoria do deputado rebateu as acusações, afirmando que a iniciativa é uma “retaliação da bancada da bala” ao fato de o PSOL ter apresentado uma outra representação, contra Alberto Fraga (DEM-DF), que teria divulgado uma “fake news” sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta a tiros há cerca de duas semanas.