O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) concedeu uma entrevista recentemente em que diz que, se não houvesse consequências, usaria todas as drogas ilícitas que não experimentou e praticaria sexo com “homens e mulheres” que quisessem se relacionar com ele. Agora, seu principal rival na Câmara dos Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), quer que o ativista gay seja processado por quebra de decoro e apologia às drogas e prostituição.
A polêmica gira em torno de três situações, sendo que a entrevista concedida à jornalista Leda Nagle, em seu canal no YouTube, é a mais recente. As declarações do descontraído Wyllys expõem muito do que o deputado entende como modo de vida a ser seguido. Os outros dois pontos são sua defesa, em projetos de lei, da legalização da prostituição e drogas.
Para o pastor Marco Feliciano, é preciso investigar se Wyllys cometeu “crime de apologia às drogas e perversão sexual”, assim como a “quebra de decoro parlamentar”, que poderia ser configurada por sua postura de disposição de descumprimento das leis.
O parlamentar evangélico gravou um vídeo em que garante que fará uma representação contra Wyllys na Câmara dos Deputados, assim como apresentará o caso à Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal.
“O deputado Jean Wyllys usa a imprensa e todas as mídias sociais para fazer apologia às drogas, um fato gravíssimo”, justificou, acrescentando que o ativista gay apresenta “projetos que vão contra qualquer princípio de família e cidadania”, como o PL 4211/12, que propõe a legalização da prostituição; e o PL 7270/14, que estipula a legalização das drogas e sua comercialização.
“Apoiam a descriminalização das drogas, o aborto… querem destruir tudo aquilo que nós, sociedade conservadora, construímos até hoje, mas nós não vamos deixar”, concluiu Feliciano, fazendo referência também ao partido de Wyllys, o PSOL. Assista: