A cantora Claudia Leitte foi amplamente criticada por suas declarações a respeito da origem da mulher segundo o Gênesis, e decidiu responder aos internautas que a hostilizaram, classificando-os como “mimizentos”.
“Um povo chato”, disse Claudia Leitte numa transmissão ao vivo nas redes sociais. As críticas a ela foram feitas por ter dito, no programa de agenda progressista Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, que a “mulher veio da costela de Adão“.
“Eu tenho direito de perguntar qualquer coisa, não tenho? Eu tenho direito de questionar, sou um ser humano como outro qualquer, e eu tenho minhas questões – às vezes, nem todas estão prontas”, afirmou a cantora, referindo-se ao fato de que sua declaração estava no contexto relacionado à maior fragilidade física das mulheres, em comparação com os homens, para a realização de trabalhos braçais.
“O programa foi incrível. Reduzir o programa a uma pergunta minha, como se eu tivesse imposto, ou dito, que aquela era minha opinião e transformar isso numa coisa sensacionalista é ridículo”, esbravejou a cantora.
Mordaça
Claudia Leitte reclamou da ditadura informal de pensamento que reina entre o público afeito ao progressismo, principal audiência do Encontro. “Beira a opressão. Cobram uma postura, cobram um feminismo… eu não sou militante de nada. Eu sou uma cantora, tenho minhas opiniões, e tem outras coisas que eu não tenho na minha cabeça, não sou muito convicta. E quando eu tenho essas questões, eu faço perguntas. Ainda que não sejam muito bem formuladas”, pontuou.
“Isso me chateia profundamente. É impressionante. O fato de eu estar ali como representante da minha música, ou como portadora de uma voz, não me faz especialista em determinado assunto. Eu tenho minhas opiniões, e eu divido, compartilho, quando eu estou afim. E quando eu tenho que aprender, e estou afim de aprender e manifestar, eu vou e faço. Acho que é assim que a gente tem que ser na vida”, continuou, desabafando.
Ao final, Claudia Leitte sugeriu prática ao discurso mais usado entre seus críticos: “Não vou ficar fingindo para agradar meia-dúzia de gente que não tem o que fazer na internet e parece que fica esperando o momento pra dizer que falei qualquer coisa que não tem sentido. Pelo amor de Deus. Em nome de Jesus! A gente está em 2018. A gente precisa ser um pouquinho mais tolerante com as pessoas. E querer transformar tudo que eu faço num circo é ridículo”, finalizou.