Durante um depoimento concedido na última quarta feira (13), o líder da ONG Afroreggae, José Júnior, voltou a apontar o pastor Marcos Pereira, da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, de ser a maior mente criminosa do Rio de Janeiro.
As afirmações de Júnior foram feitas via videoconferência, a uma comissão interna formada no presídio federal de Catanduvas (PR), que avalia uma punição para o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar, detido na unidade.
A comissão investiga acusações de que Beira-mar teria planejado os ataques à sede do Afroreggae. Durante a conversa, que durou mais de 5 horas, José Junior afirmou que Beira-Mar não participou dos ataques, e apontou o traficante Márcio Amaro Nepomuceno, o Marcinho VP, como responsável pelo crime.
– Já sei que o Fernando Beira-mar não participou disto. Falei para ele que o trouxeram para uma guerra que não é dele. Agora, o Marcinho VP [Márcio Amaro Nepomuceno] está envolvido – afirmou.
Durante seu depoimento, José Junior voltou também a citar o pastor Marcos Pereira, que foi recentemente acusado por um ex-gerente do tráfico do Complexo do Alemão como o responsável por lavar o dinheiro do tráfico de Marcinho VP.
– Continuo dizendo: o pastor Marcos Pereira é a maior mente criminosa do Rio. O pastor juntou um tripé religião, política e crime organizado, o que o torna muito perigoso. Ele manipulou e trouxe o Beira-Mar para uma guerra que não é dele. Fez isso pelo status e pela marca que o Fernando Beira-mar representa. Eu não brigo com ninguém – afirmou, acusando ainda dois advogados a trabalharem como mensageiros do Comando Vermelho.
– Existem advogados que são pombos-correios do tráfico. Neste caso aqui, há dois que estão envolvidos nos ataques praticados na cidade do Rio. Eles atuam para esse pastor [Marcos Pereira] e, consequentemente, para uma facção criminosa [Comando Vermelho] – completou o líder do Afroreggae.
Segundo matéria da Folha de S.Paulo, os nomes dos advogados foram revelados por Júnior apenas no depoimento, e ele não revelou aos jornalistas quem seriam eles.
Por Dan Martins, ao Gospel+