Um homossexual que se declara cristão tem causado grande controvérsia na comunidade religiosa norte-americana por propor um estudo em que prega que a homossexualidade não é condenada na Bíblia.
Vines Mateus lançou uma conferência de treinamento para lideranças que visa ensinar como conciliar a igrejas inclusivas com as conservadoras e capacitar homossexuais cristãos para argumentar e “modificar o ensino das igrejas a respeito da homossexualidade a partir do zero”.
O anúncio do projeto trouxe grande repercussão e polêmica, e gerou mais de 500 mil visualizações no vídeo que Vines Mateus publicou no Youtube. No vídeo, ele apresenta seu argumento de forma detalhada explicando o motivo de não acreditar que a Bíblia classifique a prática homossexual como pecado.
“Neste momento, existem milhares de igrejas em todo o mundo onde os cristãos gays não têm voz – onde assumir isso significa ser expulso e perder todo o apoio da família e dos amigos”, diz ele num trecho do vídeo.
Diversos teólogos, como Evan Lenow, professor assistente de Ética no South Western Baptist Theological Seminary, e Robert Gagnon, professor de Novo Testamento no Seminário Teológico de Pittsburgh, rejeitaram a interpretação bíblica de Vine Mateus, dizendo ao Christian Post que a Bíblia condena a prática homossexual.
O projeto de reforma proposto por Vines começará com o evento programado para os dias 18-21 de setembro, e será realizado na Asbury United Methodist Church, em Kansas City, com a proposta de “combater a homofobia” e mudar a forma como o cristianismo olha para a homossexualidade.
“Como a Bíblia nos diz, a pedra que os construtores rejeitaram virou e se tornará a pedra angular. Em breve, as crianças gays em diversos lugares do mundo não só vão ter que ouvir conselhos no YouTube. Eles terão o apoio pessoal de francos e influentes aliados cristãos em suas comunidades”, acredita o jovem.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+