Apesar de não ser uma obrigação, se tornou tradição nos Estados Unidos, assim como no Brasil, o juramento de autoridades políticas, ministros e magistrados, no ato da posse em seus respectivos cargos, sobre os valores e princípios da Bíblia Sagrada cristã.
Com o atual presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, essa tradição não foi abandonada. Na sua posse no último dia 20, em cerimônia transmitida para o mundo inteiro da capital americana, Washington, o democrata utilizou uma Bíblia que pertence a sua família desde 1893.
“Todas as datas importantes estão lá”, disse Biden na ocasião, segundo informações da Época. Ele explicou que não apenas dessa vez, mas em todas as demais ocasiões em que assumiu cargos importantes no país, como a de senador (sete vezes) e vice-presidente na gestão de Barack Obama, fez o mesmo.
Biden destacou ainda que registra na Bíblia o momento e o motivo de cada juramento. “Por exemplo, toda vez que eu presto juramento por algo, a data é inscrita”, disse ele. Na ocasião, durante a cerimônia de posse realizada no Observatório Naval dos EUA, Biden colocou a sua mão sobre o livro e jurou respeitar a Constituição Americana.
A Bíblia em juramentos
O ex-presidente Donald Trump também fez o mesmo. Ele utilizou uma Bíblia que ganhou da sua mãe quando era criança e outra usada por Abraham Lincoln, em 1861. Nessas ocasiões é comum que a escolha do exemplar da Palavra de Deus ocorra por algum motivo especial.
O ex-presidente Barack Obama também usou a Bíblia de Lincoln durante o seu juramento de posse em 2013, como o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América.
Apesar de usar a Bíblia como símbolo de respeito ao juramento, Biden é alvo de críticas por parte de cristãos conservadores, dado o seu apoio a pautas progressistas, como o aborto e a ideologia de gênero. Saiba mais:
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