Após ter sido demitido por orar em campo, o treinador cristão Joe Kennedy iniciou uma batalha jurídica em 2015 que, em junho último, resultou em vitória na Suprema Corte. Agora, uma nova vitória: a escola de ensino médio terá que readmiti-lo.
A Suprema Corte decidiu que a escola Bremerton High School ser reintegrar o treinador ao seu cargo anterior como assistente técnico do time de futebol da Bremerton High School até 15 de março de 2023.
O início do problema se deu porque Kennedy começou fazer orações sozinho no final de cada partida ainda no campo, mas depois os alunos começaram a se juntar a ele. Essa convergência de interesses se tornou em reuniões com mensagens motivacionais baseadas em fé.
A postura de Kennedy incomodou treinador adversário, que chamou a atenção do diretor e do distrito escolar, que pediu para Kennedy não fazer mais as orações. Após parar temporariamente, ele depois notificou a escola que retomaria a prática.
A situação atraiu a atenção da mídia e, quando Kennedy anunciou que voltaria a orar em campo. Na primeira oportunidade que ele orou depois do jogo novamente, várias pessoas invadiram o campo como manifestação de apoio.
Na ocasião, o órgão do distrito escolar tentou conciliar a situação, oferecendo a Kennedy a oportunidade de orar em outros locais antes e depois dos jogos, ou que ele orasse na linha de 50 jardas depois que todos os outros tivessem saído do local, mas ele recusou.
De acordo com informações da Fox News, depois de continuar a fazer suas orações em mais dois jogos, o distrito escolar colocou Kennedy em licença e depois o demitiu, o que gerou a batalha judicial.
Agora, com a nova decisão da Suprema Corte, o Distrito Escolar de Bremerton não pode retaliar Kennedy por “conduta que esteja em conformidade com os termos da a Ordem do Tribunal” nem interferir ou proibir Kennedy de oferecer oração.
O treinador cristão também ganhou direito a ter os honorários advocatícios e custas processuais ressarcidos, mas o valor deverá ser definido pelo Tribunal Distrital dos EUA após um “processo rigoroso”.
“Neste momento, o Distrito Escolar não recebeu nenhuma documentação para qualquer quantia de honorários advocatícios. A extensão da cobertura de seguro para um possível julgamento de honorários advocatícios é assunto de discussões contínuas entre o Distrito Escolar e suas seguradoras”, afirmou em nota o órgão responsável pela escola.