Na última semana um juiz do estado norte americano do Colorado determinou que um padeiro cristão, que recentemente se recusou a fornecer um bolo de casamento para um casal gay, seria obrigado a servir casais gays, sob pena se sofrer sanções em seu negócio. Jack Phillips, proprietário da loja Masterpiece Cakeshop, foi acusado de discriminar o casal “por causa de sua orientação sexual”, ao se negar a fornecer um bolo para seu casamento.
A decisão do juiz Robert N. Spencer, foi baseada em uma queixa apresentada pelo grupo American Civil Liberties Union, depois que Phillips se recusou a fornecer um bolo que seria usado para celebrar a união entre Charlie Craig, de 33 anos, e David Mullins, de 29 anos, em julho de 2012.
– À primeira vista, pode parecer razoável que uma empresa privada deve ser capaz de recusar o serviço a qualquer pessoa que escolha. Essa visão, no entanto, não leva em conta o custo para a sociedade e a dor causada às pessoas a quem os serviços são negados, simplesmente por causa de quem eles são – afirmou o juiz.
A ordem judicial determina que o padeiro deve “cessar e desistir de discriminar” casais homossexuais. Embora o juiz não tenha imposto multas neste caso, ele afirma o negócio vai enfrentar sanções se continuar a afastar os casais homossexuais que querem comprar bolos.
Segundo a The Associated Press, Mullins comemorou a determinação do juiz e afirma esperar que a “decisão ajude a garantir que ninguém mais experimente este tipo de discriminação em Colorado”.
Porém, Nicolle Martin, advogada da Masterpiece Cakeshop, explica que a ordem do juiz coloca Phillips em uma posição impossível de ir contra a sua fé cristã.
– Ele não pode violar a sua consciência, a fim de obter lucro. Se Jack não pode fazer bolos de casamento, ele não pode continuar a sustentar sua família. E para fazer bolos de casamento, Jack deve violar o seu sistema de crenças. Essa é uma escolha condenável. É a antítese de tudo o que a América representa – afirmou a advogada.
Agora, o juiz aguarda que sua decisão seja sancionada pela Comissão de Direitos Civis, para que entre em vigor. Phillips pode ainda recorrer da decisão.
Por Dan Martins, para o Gospel+