A situação da deputada Flordelis (PSD-RJ) perante a Justiça vem se complicando rapidamente conforme se aproxima o julgamento pela morte de seu marido, pastor Anderson do Carmo. Agora, ela está proibida de falar ou se referir às testemunhas do caso.
Recentemente, Flordelis já havia perdido o prazo para alegações finais em sua defesa antes que a juíza do caso, Nearis dos Santos Carvalho Arce, defina a data em que o julgamento será realizado.
Agora, a própria juíza da 3ª Vara Criminal de Niterói determinou que a ré se dirija ou faça referências sobre qualquer testemunha do processo, de acordo com informações do jornal O Globo.
“A magistrada ampliou os efeitos das medidas cautelares impostas à ré. A parlamentar já estava proibida de conceder entrevistas para as mídias sociais citando ou se dirigindo às testemunhas. Agora, a proibição se estende para todas as mídias ou qualquer outra forma de comunicação pública”, informou Ana Cláudia Guimarães, na coluna de Ancelmo Góis.
Essa não é a primeira medida de restrição relacionada a testemunhas que é imposta a Flordelis durante o processo. Em setembro do ano passado, uma testemunha ouvida pelos investigadores alegou ter sido alvo de um ataque a bomba, o que resultou em uma determinação da Justiça para que a deputada use tornozeleira eletrônica e se recolha em casa entre 23h00 e 06h00.
Além do processo pelos cinco crimes dos quais é acusada, Flordelis também enfrenta um processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que pode resultar na cassação de seu mandato.
A parlamentar já foi ouvida pelo Conselho de Ética em março, voltou a sustentar que é inocente, alegando que não pode ser julgada e condenada pelos colegas de Câmara antes que todo o processo seja concluído.
Seu filho adotivo, Lucas Cezar dos Santos de Souza depôs na última segunda-feira, 19 de abril, e afirmou aos deputados que Anderson do Carmo “estaria vivo até hoje” se sua mãe não tivesse consentido com o plano orquestrado por suas irmãs, Marzy Teixeira da Silva e Simone dos Santos.