Evangélica, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está cada vez mais empenhada em atuar no mundo político. Agora como presidente do PL Mulher, do Partido Liberal, ela já anunciou que viajará o Brasil para promover os ideais da legenda, a fim de conquistar maior engajamento feminino.
Além de buscar o apoio das mulheres, parcela vista como extremamente importante para o ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle também deverá focar no segmento cristão, precisamente o evangélico.
Interlocutores da ex-primeira-dama avaliam que a atuação de Michelle nesse momento é vital para fortalecer o seu nome para uma eventual disputa eleitoral mais a frente. Aliados já cogitam, por exemplo, que ela substitua o ex-presidente Bolsonaro numa candidatura à presidência, caso este fique inelegível.
A própria Michelle, contudo, já negou a pretensão de uma candidatura presidencial, mas não descartou outras possibilidades, como a Câmara ou o Senado. “Estou aqui a convite da minha amiga, trabalhando, conversando com ela sobre nossos futuros trabalhos”, disse ela em um vídeo onde aparece ao lado da deputada federal Bia Kicis.
“Vamos trabalhar viajando todo o Brasil com a pauta da mulher, mulher com deficiência, ‘mãe rara’ [mãe de filhos com doenças pouco comuns] e o engajamento da mulher na política”, completou. A gravação foi postada em um dos perfis do Partido Liberal no Instagram, segundo o UOL.
Nomes de peso
Além de Michelle, o ex-candidato a vice-presidente e ex-comandante do Exército Brasileiro, general Walter Souza Braga Netto, também viajará o país pelo PL, buscando apoio para a direita conservadora.
Ambos são considerados nomes estratégicos para a consolidação do legado eleitoral deixado pelo ex-presidente da República, visando as eleições de 2024 e 2026.
Com grande circulação no meio evangélico, a aposta de Michelle será mostrar que as mulheres podem, e devem, se envolver com a política, sem necessariamente abandonar outros interesses, muito menos os valores cristãos.
“A mulher tem um olhar especial. Ela pode estar onde quiser. Ela consegue ser mãe, trabalhar na política e realizar várias atividades”, declarou a ex-primeira-dama no último dia 15, quando assumiu a liderança do PL Mulher. Saiba mais:
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