O vídeo de uma mãe em êxtase por ver o filho chegar à Copa do Mundo viralizou ao longo da última semana. O jogador Sam Adekugbe, do Canadá, participou da estreia na última quarta e sua mãe agradeceu a Deus pela conquista.
Dee Adekugbe, mãe do lateral esquerdo, foi filmada enquanto assistia a partida do Canadá contra a Bélgica. O time do filho saiu derrotado por 1×0, mas a maior repercussão em torno da partida foi mesmo a festa da mãe, orgulhosa:
“Meu filho está na Copa do Mundo! Meu filho está na Copa do Mundo! Sim, baby! Obrigado, Jesus! Obrigado, Jesus! Obrigado, Jesus! Aleluia, aleluia!”, diz Dee no vídeo que foi compartilhado nas redes sociais.
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Copa no Qatar
O Qatar recebe a Copa do Mundo pela primeira vez, e os holofotes sobre o país foram uma oportunidade para a Missão Portas Abertas denunciar a situação de opressão vivida pela Igreja Perseguida no país.
De acordo com a Portas Abertas nos EUA, a fachada de festa e receptividade aos turistas esconde uma situação preocupante para os cristãos nativos: “Os turistas estão sendo encorajados a visitar os museus do Qatar, locais de herança antiga e centros comerciais, uma coisa que não poderão fazer é visitar uma igreja”, disse Anastasia Hartman, porta-voz de defesa do Oriente Médio da entidade.
A organização, que monitora a perseguição dos cristãos ao redor do mundo, enfatiza que a vibrante comunidade cristã da nação tem estado completamente escondida da vista para sobreviver sem maiores repressões:
“O pequeno número de convertidos indígenas do Catar não tem permissão oficial para se reunir ou praticar [o culto a Deus]. A conversão a uma religião não-muçulmana é considerada apostasia e é oficialmente punível sob a lei islâmica Sharia com a morte”, acrescenta a Portas Abertas.
Esses cristãos enfrentam extrema pressão das famílias muçulmanas e dos membros da comunidade, uma situação que pode se concretizar na marginalidade desses fiéis. A Lista Mundial de Perseguição elaborada anualmente pela Portas Abertas traz o Qatar na 18ª posição de um total de 50 países considerados os mais hostis aos seguidores de Jesus Cristo.
No Qatar, as igrejas cristãs que o Estado reconheceu e registrou oficialmente estão localizadas no complexo Mesaymeer em Doha, criado para promover o diálogo inter-religioso. Porém, o complexo está superlotado atualmente, dificultando o uso do espaço.
Anastasia Hartman lembrou ainda que em 2020, durante o período de maior contágio pela Covid-19, o governo enviou uma notificação às igrejas dizendo que a permissão para se reunir fora do complexo estava suspensa, e essa medida nunca foi revogada.
Para ela, agora é a hora dos cristãos do Qatar irem “ao ar livre”: “Isto deixou mais de cem igrejas sem permissão para operar. Agora, a pandemia diminuiu e o país está novamente aberto, no entanto, ainda não há sinais de igrejas recebendo permissão para reabrir. Havia alguns sinais de que o governo iria emitir licenças, mas isto não aconteceu”, finalizou.