A mãe da jornalista Patrícia Lélis teria concedido uma entrevista em que relatou que encontrou a filha machucada e, depois, já em São Paulo, teria pedido o número de uma conta bancária para receber um depósito.
A afirmação foi feita pelo jornalista Leandro Mazzini, da coluna Esplanada, no portal Uol, que tem se dedicado a veicular as acusações contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP).
“Ela ligou de São Paulo e pediu uma conta para um depósito, mas que fosse no CNPJ”, teria dito a mãe de Patrícia ao jornalista, em um encontro na última terça-feira, 02 de agosto, em uma cafeteria de um shopping de Brasília.
Mazzini afirma que no momento da suposta ligação para a mãe, “a jovem, direto de São Paulo e tutelada por assessores de Feliciano, recuara na acusação e espalhava pelas redes sociais vídeos negando a história, acusando os contatos que havia procurado e dizendo ‘ser coisa da esquerda’”.
O jornalista do Uol diz que a mãe de Patrícia, “muito religiosa e surpresa com os acontecimentos”, desmentiu a filha em alguns aspectos: “[Ela] aceitou conversar pessoalmente sobre o caso após perceber a viagem estranha da filha para São Paulo. Ela mentiu. Havia dito ao repórter que viajara com o pai – a mãe revelou que o marido estava em casa”.
De acordo com o relato que a mãe de Patrícia teria feito a Mazzini, a jovem teria demonstrado angústia em uma conversa por telefone e foi procurá-la: “Eu a encontrei chorando no banheiro, com a boca machucada e uma mancha roxa numa perna”, disse, referindo-se ao dia 15 de junho, que é a data que supostamente ela teria ido ao apartamento funcional de Feliciano e sofrido agressões.
“O misterioso depósito que viria de São Paulo, segundo a mãe, não aconteceu. Ela disse que poderia ser um valor para as palestras que a filha ministra para juventude do PSC em algumas cidades, quando é convidada (já há palestra agendada para este mês, segundo revela a senhora). Após conversar com a filha por telefone na noite de terça (2/8), dia do encontro com o repórter, a mãe da jovem ligou para a Coluna e mudou a versão: ela teria caído e bateu a boca no chão. Não convenceu – visto que a própria menina relatou a agressão em outra ocasião”, disse Mazzini em sua matéria.
Mazzini ainda frisa que Patrícia, apesar de alegar ter registrado um Boletim de Ocorrência sobre o caso, que ela – publicamente – vê como uma perseguição para prejudicar Feliciano, não mostrou o documento.
“Feliciano continua num silêncio sepulcral há 48 horas, desde que a denúncia foi publicada pela Coluna – e postou hoje uma mensagem enigmática no seu Twitter sobre o poder do silêncio. E o assessor Talma Bauer, gravado de acordo com a jovem numa conversa comprometedora, repete que não é ele no áudio, embora confirme que tenha se reunido com a mulher uma semana atrás. (Detalhe, foi a própria garota quem entregou o áudio à Coluna)”, concluiu Mazzini.