A censura colocada em prática pelas empresas de redes sociais contra as manifestações de cunho conservador foi tema de um vídeo do pastor Silas Malafaia, que apontou o duplo padrão adotado pelos moderadores das plataformas.
“No Facebook, Instagram e Twitter só tem censura para o pensamento conservador, seja religioso ou de direita”, afirmou o pastor Silas Malafaia. Essa constatação não é nova, já que há três anos lideranças religiosas e formadores de opinião conservadores fazem a mesma denúncia, no Brasil e principalmente exterior, onde há até estudo sobre o tema.
O próprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, prestou depoimento no Senado dos Estados Unidos em abril de 2018 e admitiu que sua empresa, pela localização – Califórnia – e ramo de atividade, atraía profissionais de visão de mundo progressista, e que isso influenciava na forma como as publicações eram moderadas na rede social.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) mostrou imagens de ilustrações de violência contra ele e o presidente Jair Bolsonaro, e afirmou que nada foi feito pela rede social para impedir a publicação ou exclui-las.
“Para esculhambar quem é da direita, ou quem é religioso, aí não tem censura. Por exemplo: isso aí que você está vendo [uma montagem que o retrata como Hitler], tem um aí que está desde 2015, esse com o machado na cabeça […] Desde 2019 tem lá a #morreBolsonaro. Significa, então, que promover o assassinato do presidente, pode! Agora, falar de ministro do STF, não pode!”, comentou.
Malafaia expressou sua indignação com o duplo padrão: “Isso já passou das raias do tolerável. É uma censura vergonhosa que esses provedores fazem, porque quem está por trás deles só podem ser esquerdopatas”.
“Se você falar de gay, vírus chinês, descer o pau em quarentena, como já aconteceu comigo, você pode ter certeza que existe uma censura prévia nos provedores da rede. Fala ‘vírus chinês’ para ver se não cai? Instagram derruba e qualquer um derruba. Teve um vídeo meu tirado porque eu falei que essa quarentena era uma farsa que não protegia o pobre”, argumentou o pastor.
Mostrando um print de tela sobre uma notificação que recebeu do Facebook, o pastor exemplificou o cerceamento que vem denunciando: “Quando eu falei que a Globo estava fazendo campanha de promoção de transgêneros… você lembra o doutor Drauzio Varella que foi abraçar um coitadinho de um assassino que que estrangulou uma criança e que era um transgênero? Foi censurado o vídeo. Toca em alguma coisa de gay que é censurado imediatamente”, pontuou.
“Agora, xingar religioso, pastor, falar mal de presidente, desejar a morte dele, não tem problema”, ironizou Malafaia, que em seguida, mostrou uma tentativa feita por sua equipe de remover uma página no Facebook chamada “Fala Malafaia”, que usa seu nome e copia o título de seus vídeos, que recebeu resposta negativa da equipe da rede social.
“Só pode ser piada. Os caras usam meu nome, coisa falsa, deturpam valores que eu tenho de fé cristã, e o Facebook não remove”, protestou.