A emissora de TV CNN é considerada a principal difusora da ideologia de esquerda nos Estados Unidos, e uma perigosa narrativa foi levada ao ar por dois dos principais âncoras de seus programas: a de que Jesus teria admitido, enquanto desempenhou seu ministério, que não era perfeito.
O apresentador Don Lemon, que cresceu em uma família Batista e frequentou uma escola católica, afirmou durante uma transmissão que Jesus “admitia que não era perfeito” enquanto estava na Terra.
“Aqui está a coisa”, disse Lemon ao colega de emissora Chris Cuomo, que é católico. “Jesus Cristo – se é nisso que você acredita – Jesus Cristo não era perfeito quando Ele esteve aqui nesta terra”, declarou Lemon, que em 2011 afirmou ter abandonado os cultos, se assumiu homossexual e disse crer em “um poder superior”.
Chris Cuomo – irmão do governador de Nova York, Andrew Cuomo – apesar de alegar ser um católico, assentiu em aprovação à afirmação do colega, que tinha como pano de fundo o debate sobre racismo nos Estados Unidos e os atos de vandalismo de integrantes do movimento Black Lives Matter.
“Então por que estamos deificando os fundadores deste país, muitos dos quais possuíam escravos, e a Constituição – a original – eles não queriam, eles colocavam escravidão ali, que a escravidão deveria ser abolida porque era assim que o rei queria, e então o Congresso disse: ‘De jeito nenhum’”, acrescentou Lemon.
A referência aos “pais fundadores” dos Estados Unidos se deve ao fato de que vândalos têm destruído estátuas em homenagens aos homens que dedicaram suas vidas à conquista da independência dos Estados Unidos do Reino Unido, assim como o estabelecimento de uma legislação que valoriza as liberdades individuais, incluindo a liberdade religiosa.
A repercussão da falsa afirmação de Don Lemon motivou lideranças cristãs a se posicionarem a respeito do assunto. No Twitter, um pastor pentecostal corrigiu a declaração e ofereceu aulas teológicas ao apresentador: “Bom senhor, Jesus era perfeito. Ele não teve pecado. Ele é o Cordeiro de Deus sem mácula, que tira os pecados do mundo. Se você quer um conselho teológico, me adicione, por favor”, escreveu Derwin L. Gray.
O editor do portal FaithWire, Tré Goins-Phillips, usou a repercussão do caso para desfazer o equívoco do jornalista: “Jesus Cristo era, é claro, perfeito. A perfeição de Jesus está no centro da expiação substitutiva – a crença doutrinária central de que Jesus morreu por nós – que concede salvação àqueles que depositam sua fé no Filho de Deus”, contextualizou.
“De acordo com várias passagens da Bíblia, Jesus viveu uma vida totalmente sem pecado enquanto estava na terra. As Escrituras dizem que ‘não cometeu pecado’ (I Pedro 2:22), ‘não conheceu pecado’ (II Coríntios 5:21), era um cordeiro sem mancha nem defeito’ (I Pedro 1:19) e é ‘santo e irrepreensível, não manchado pelo pecado’ (Hebreus 7:26). Além disso, porque Deus e Jesus ‘são um’ (João 10:30), Ele é perfeito, assim como o Pai é perfeito (Mateus 5:48)”, acrescentou.
“Jesus não só não pecou, [como] ele não teria sido capaz de até mesmo escolher pecar. O padre italiano Tomás de Aquino definiu o pecado como ‘uma expressão, uma ação ou um desejo contrário à lei eterna’. Essa ‘lei eterna’ está enraizada no caráter de Deus; portanto, ir contra ela seria uma contradição direta à Sua própria natureza – uma impossibilidade. O ensino católico, como a teologia cristã evangélica, afirma que Jesus era ‘como nós em todas as coisas, exceto no pecado’. Independentemente de ele acreditar agora, Lemon cresceu aprendendo a doutrina cristã; ele deveria ter pensado melhor do que fazer uma afirmação desleixada e tacitamente falsa sobre Jesus. E Cuomo, como católico, deveria imediatamente intervir para corrigir seu colega da CNN”, concluiu Tré Goins-Phillips.
@donlemon, good sir, Jesus was perfect. He had no sin. He is the unblemished Lamb of God who takes away the sins of the world.
If you want theological advice, hit me up please. God bless
— Dr. Derwin L. Gray (@DerwinLGray) July 9, 2020