“A quem interessa desestabilizar as forças de segurança de um Estado, de uma nação?”. Com essa pergunta, o pastor Silas Malafaia comentou a mobilização social promovida por ativistas políticos de esquerda em torno do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no Rio de Janeiro.
Malafaia enfatizou que a morte de Marielle é um fato lamentável: “Fica aqui a indignação e o protesto pelo assassinato brutal de uma vereadora”, destacou, seguindo para sua linha de raciocínio principal, que é de oposição à capitalização política que se fez em torno do crime.
“Eu não sou hipócrita. Fico vendo gente tirar dividendo político da tragédia. Milhares são assassinados e ninguém fala nada. Artista não fala nada. Autoridade não fala nada. Nós lamentamos profundamente e não aceitamos, porque qualquer um de nós está sujeito a isso”, disparou.
Segundo Malafaia, a sociedade só tem a perder com a pregação da esquerda: “Deixa eu dizer uma coisa para vocês: o estado do Espírito Santo, há um tempo atrás, deu uma demonstração, quando a Polícia fez greve e saiu da rua. E a bandidagem tornou [a capital] Vitória um caos. E tem um dado: a bandidagem lá não tem 10% de armamento, e da força, da bandidagem no Rio de Janeiro”, pontuou, antes de questionar: “Como é que se enfrenta a bandidagem com armas de guerra? Com flor?”.
“Lamentavelmente, até membros da minha igreja já foram assassinados. Por bala perdida e por bandido. Eu não quero isso para mim, nem para você. Mas como vai ter um enfrentamento de camaradas com armas de guerra? Aí vem essa conversa fiada de PSOL, de ‘tirar arma de Polícia’… Meu irmão, se acontecer isso… Vira um caos incontrolável”, acrescentou.
O idealismo dos militantes de esquerda, segundo o pastor, é irresponsável e não corresponde à realidade: “Não venha colocar na conta de Polícia Militar, Polícia Civil, Exército as tragédias que acontecem. Como se bandido fosse bonzinho. Como se atirassem em bonzinhos, e pegou em outro bonzinho. Vamos deixar de hipocrisia, de conversa fiada. Estamos vivendo uma situação terrível, e apoiamos sim a intervenção militar”.
“Não venham com essa tentativa de fazer com que as forças de segurança se sintam impotentes e pressionadas. Não podemos aceitar isso. A quem interessa desestabilizar? Tráfico de drogas, roubo de carga. A bandidagem. Eles é quem têm interesse de enfraquecer a força de segurança”, enfatizou.