O pastor e escritor Max Lucado vinha sendo pressionado pela militância LGBT por conta de um sermão pregado em 2004 sobre a homossexualidade. Um convite para pregar na Catedral Nacional de Washington levou os ativistas a desferir ataques contra ele, e sua resposta foi um pedido de desculpas.
Sustentando suas opiniões embasadas na Bíblia Sagrada sobre o casamento, Max Lucado pediu desculpas por “desrespeitar” e “ferir” a comunidade LGBT em seus sermões anteriores. “Em 2004, preguei um sermão sobre o tema da união entre pessoas do mesmo sexo. Agora vejo que, naquele sermão, fui desrespeitoso. Eu magoei”, escreveu ele.
Lucado, que pastoreia a Oak Hills Church, uma igreja localizada em San Antonio, Texas (EUA), enviou uma carta à Igreja da Catedral de São Pedro e São Paulo na Cidade da Igreja Episcopal e a Diocese de Washington, também conhecida como a Catedral Nacional de Washington.
“Eu feri pessoas de maneiras devastadoras”, continuou Lucado, que pregou na Catedral Nacional no dia 7 de fevereiro. “Eu deveria ter feito melhor. Lamento que minhas palavras tenham ferido ou tenham sido usadas para ferir a comunidade LGBTQ. Peço desculpas a vocês e peço perdão a Cristo”.
Alguns membros da Igreja Episcopal, uma denominação que abraçou a teologia inclusiva, lançaram uma petição online pedindo ao reitor da catedral, Randy Hollerith, que retirasse o convite de Lucado para pregar. “Os ensinamentos e a pregação de Lucado infligem danos ativos às pessoas LGBTQ”, dizia a petição.
“Para citar um exemplo, em 2004 ele escreveu sobre seus temores de que a homossexualidade levasse ao ‘incesto legalizado’ e comparou o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao incesto e à bestialidade. Mensagens de fomento ao medo e desumanas de oradores poderosos como Lucado têm sido usadas para justificar a reversão dos direitos LGBTQ e para excluir pessoas LGBTQ da proteção civil e ritos sagrados. Pelo que sabemos, Lucado não renunciou publicamente a essas opiniões”, acrescentava a petição, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Em sua carta, Lucado escreveu que pessoas fiéis podem discordar sobre o que a Bíblia diz sobre a homossexualidade “mas concordamos que a santa Palavra de Deus nunca deve ser usada como arma para ferir outros”, e por isso se desculpou pela agressividade.
Ele, no entanto, manteve seu entendimento ortodoxo sobre o tema: “Para ser claro, acredito no entendimento bíblico tradicional do casamento, mas também acredito em um Deus de graça e amor ilimitados. Indivíduos LGBTQ e famílias LGBTQ devem ser respeitados e tratados com amor. Eles são filhos amados de Deus porque são feitos à imagem e semelhança de Deus”.
“Ao longo dos séculos, a igreja prejudicou as pessoas LGBTQ e suas famílias, assim como a igreja prejudicou as pessoas em questões de raça, gênero, divórcio, vício e tantas outras coisas. Devemos fazer melhor para servir e amar uns aos outros”, acrescentou o pastor e escritor.