Ser um país de primeiro mundo não significa ter uma população realizada emocional, psicológica e, principalmente, espiritualmente. Apesar de todo avanço tecnológico e herança cultural, o Japão, por exemplo, é um dos países com o maior índice de suicídios do planeta, inclusive entre crianças e adolescentes.
O pastor Miyahara Tatsuhiro acredita que o motivo dos suicídios no Japão se devem, em sua maioria, à falta de conhecimento acerca de Deus. Ao invés disso, o excesso de cobrança por uma vida exemplar e “perfeita” parece ter assumido o sentido de vida dos japoneses.
A estudante japonesa Aiko Kudou fez um relato que aponta para isso, ao descrever o suicídio de um amigo que parece ainda não acreditar:
“Como ele pode tirar a própria vida e deixar para trás sua família, sentindo tanta tristeza?”, disse ela, segundo informações da CBN News. Ela contou como a cobrança – excessiva – da família pode ter influenciado a decisão trágica do amigo.
“Ele ficou deprimido quando sua mãe não aprovou a escola de sua escolha. Ele fugiu de casa. Depois de três dias eles o encontraram morto em um banheiro do parque. Ele cortou o pulso e sangrou até a morte”, lembra Kudou.
O pastor Tatsuhiro aponta o que pode ser um gatilho para o suicídio do Japão. Ele diz que “ser parte de um grupo é muito importante em nossa cultura. E é por isso que, se a criança é diferente fisicamente, ele é sempre intimidada”.
Assim, o sentimento de “não pertencimento”, ou de não conseguir atingir um resultado esperado, pode aprofundar a sensação de frustração e disparar o ideal suicida entre os jovens.
No Japão, menos de 1% da população é cristã e a noção de sentido da vida focado em Deus não é comum. A religião é vista muito mais como uma tradição (filosofia) do que como um fundamento de fé e existência.
Assim, o pastor Tatsuhiro tenta fazer a sua parte diariamente nas estações do metrô, pregando publicamente. “Jesus me mandou compartilhar o evangelho e é isso que eu faço”, disse ele.
“Alguns param e conversam comigo. É quando eu lhes falo sobre o amor e o sacrifício de Jesus por eles. E também tenho a oportunidade de levá-los à oração”, conclui o pastor.