Por mais que milhares de especialistas em todo planeta façam advertências sobre os perigos da ideologia de gênero, medidas que visam facilitar a transição de gênero ou, como também é popularmente chamada a, “mudança de sexo“, tem sido uma realidade cada vez mais comum.
No México, por exemplo, a Suprema Corte do país aprovou uma lei que elimina as restrições até então existentes, para pedidos de nova certidão de nascimento para “reconhecimento da identidade de gênero autopercebida de pessoas trans” a menos de 18 anos.
Desconsiderando inúmeros estudos que apontam a disforia de gênero em crianças e adolescentes como algo resultante de múltiplos fatores, o ministro Arturo Zaldívar, presidente da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), tratou o assunto apenas como uma questão de “diversidade humana”.
“Hoje temos a oportunidade de reafirmar, a uma só voz, que não há nada a curar, que a experiência trans não é uma doença, mas uma realidade que dá conta da diversidade humana”, alegou o magistrado.
De forma ainda mais chamativa, o magistrado desconsiderou o fato das crianças e adolescentes atravessarem um processo de amadurecimento biopsicossocial, dependendo da orientação e cuidado dos adultos para melhor compreender não apenas o mundo, como a si mesmas, o que inclui questões relativas à própria sexualidade.
“As crianças e adolescentes trans sabem quem são e entendem seu lugar no mundo”, alegou Arturo Zaldívar. “Que não são homogêneos, são diversos e constroem sua identidade, independentemente de qualquer tratamento médico ou norma legal”, ressaltou o juiz, que completou:
“A identidade de gênero dos meninos, meninas e crianças trans é tão valiosa quanto qualquer outra, por isso eles merecem a mesma proteção constitucional”.
Para Marcial Padilla, diretor do grupo conservador ConParticipación, a decisão do Supremo mexicano que, na prática, abre caminho para a autorização da “mudança de sexo” em crianças e adolescentes, constitui um tipo de abuso contra os menores.
“Isso é absolutamente inaceitável, um absurdo. É um abuso aos menores e um dano a suas famílias”, disse Padilla segundo a ACI Digital, explicando que “quando uma criança sofre de confusão sexual, o que ela precisa é de ajuda para si e sua família, não que a Suprema Corte de Justiça a acorrente nessa confusão”.