O Ministério da Saúde removeu um alerta que havia publicado em seu portal contra a campanha da semente de feijão feita pela Igreja Mundial do Poder de Deus. Agora, o Ministério Público está cobrando um posicionamento da pasta.
Alvo de investigações do Ministério Público, a campanha de arrecadação feita pela Igreja Mundial, através da venda de semente de feijão, havia sido considerada falsa pelo Ministério da Saúde, que publicou um alerta dizendo que não há comprovação científica que o consumo do grão resulte em cura da Covid-19.
O imbróglio começou quando o líder da instituição, Valdemiro Santiago, afirmou em vídeo que a campanha de arrecadação de ofertas era uma forma de os fiéis “semearem” na obra de Deus para serem abençoados no futuro, incluindo a proteção contra a pandemia de Covid-19.
O aviso que constava do site do Ministério da Saúde, no entanto, foi removido, e agora o Ministério Público quer explicações sobre o motivo da retirada. De acordo com informações do jornal O Globo, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo deu 10 dias para que a pasta justifique a decisão.
“Sê Tu uma Bênção”
A campanha de Valdemiro vem levantando polêmicas desde que foi lançada. Com pedidos de ofertas mínimas de R$ 100, o líder da Igreja Mundial chegou a pedir R$ 1000 em ofertas para os fiéis que desejassem obter uma semente de feijão de fava em troca.
Os vídeos onde o autointitulado apóstolo oferece o grão em troca da oferta foram removidos das plataformas YouTube e Facebook. No caso da primeira, o Google – empresa proprietária – decidiu manter uma cópia em seus arquivos, para fornecer informações à Justiça em caso de processo.