Enquanto parte dos líderes evangélicos não demonstravam intenção de suspender os cultos durante o período de quarentena do coronavírus, o Ministério Público tomou iniciativa de cobrar das autoridades um decreto que determine o fechamento dos templos religiosos, incluindo as igrejas.
O Ministério Público de São Paulo emitiu um ofício com recomendação administrativa para a prefeitura da capital paulista, assim como para o governo do estado, com o pedido para que seja decretada a proibição de cultos nas igrejas, mas também a abertura de shopping centers, academias, centros comerciais e bares e restaurantes.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o pedido é assinado pelos promotores Arthur Pinto Filho e Dora Martin Strilicherk e pede outras providências, como a criação de novos leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI).
Os promotores dizem no documento que consideram estranho que as autoridades paulistas tenham tomado medidas menos severas do que as adotadas em outros estados, como Goiás, Rio de Janeiro e a cidade de Salvador.
Pinto Filho e Strilicherk consideram que essas localidades tomaram “medidas de isolamento social mais efetivas e restritivas do que a cidade e estado de São Paulo”.
Em outro ponto, os promotores cobram ainda ações coordenadas entre prefeitura e estado, ao invés de “meros pronunciamentos individuais dos chefes dos poderes executivos municipal e estadual”.
Suspensão dos cultos
Muitas igrejas têm, voluntariamente, tomado a decisão de interromper a celebração presencial dos cultos. Até o pastor Silas Malafaia, um dos mais resistentes à medida, recuou e autorizou que os pastores das filiais da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) suspendam as celebrações caso venham ordens das autoridades municipais e/ou estaduais.