O líder da seita Igreja da Unificação, Sun Myung Moon, conhecido como reverendo Moon, faleceu neste domingo (2) aos 92 anos em Seul, capital coreana. Moon estava internado para o tratamento de uma pneumonia em um hospital pertencente à seita que fundada por ele.
Moon era conhecido por se auto intitular o “messias” e declarar por diversas vezes ter sido convocado pelo próprio Jesus Cristo para completar o trabalho evangelizador que Deus lhe tinha encomendado e que não pode finalizar ao ser crucificado.
A seita igreja da Unificação possui milhares de seguidores em todo o mundo, segundo números divulgados pela própria religião. Entre seus seguidores, Moon chamado de “pai autêntico”, e eles compartilham a crença de que ele agia sob o comando divino e sob os preceitos da Bíblia.
Entre outras doutrinas, a seita defendia a chegada de um segundo messias, a comunicação entre os mortos e a predestinação divina, o que significava que todo indivíduo que professasse a fé teria sido escolhido por Deus. Além disso, defendia que a Coréia seria uma “terra sagrada”.
A seita era considerada perigosa por críticos e analistas, que a acusavam de realizar lavagem cerebral e destruir famílias, além de se aproveitar de doações dos fiéis.
Além de ser o líder espiritual da seita, Moon presidia um conglomerado empresarial que atuava em diferentes setores como comunicações, automobilística, armas e saúde, além de ser proprietário de times de futebol, como o Seongnam Ilhwa Chunma, um dos principais do futebol coreano.
Uma das polêmicas provocadas pela seita foram os curiosos casamentos coletivos. Em cada ocasião, milhares de casais se uniam, muitas vezes sem conhecer o parceiro.
Em uma de suas declarações, ele afirmou que “Deus vive em mim e sou a encarnação dele. O mundo todo está nas minhas mãos e vou conquistá-lo e subjugar o mundo”.
Prisão
Nos EUA ele foi fundador e proprietário do jornal Washington Times. Naquele país, chegou a passar 11 meses preso, condenado por evasão de impostos.
No Brasil, a Igreja da Unificação chegou a tentar fincar raízes no Mato Grosso do Sul. No estado, comprou extensas porções de terra e causou estranhamento quando milhares de japoneses e coreanos “inundaram” a região, próximo a cidade de Jardim, lugarejo de 24 mil habitantes.
A intenção era transformar a cidade em uma “Nova Coreia” segundo a Veja. Ainda hoje funciona no local uma escola para alunos do ensino infantil ao ensino médio subsidiada por recursos enviados da Coréia.
Com a morte do líder e fundador da Igreja da Unificação, o filho mais novo Hyung Jin Moon, nomeado líder da seita em 2008, continuará à frente do movimento. O conglomerado empresarial já é presídio por seu quarto filho, Kook Jin Moon.
Redação Gospel+