Raymond Ibrahim é um tradutor, escritor e bibliotecário que há anos se dedica ao estudo da cultura árabe e sua história. Ele publicou um livro intitulado Sword and Scimitar: Fourteen Centuries of War between Islam and the West (“Espada e Scimitar: quatorze séculos de guerra entre o Islã e o Ocidente”, em tradução do inglês), onde entre outras coisas explica o motivo do ódio histórico muçulmano contra a cruz, símbolo dos cristãos.
Para sustentar sua tese, Ibrahim elaborou um pequeno artigo citando inúmeros casos de violência para exemplificar o ódio muçulmano contra a cruz, como por exemplo o caso de um imigrante que esfaqueou no pescoço um cristão de 37 anos, simplesmente porque ele estava usando um pingente em formato de crucifixo.
“A hostilidade islâmica à cruz é um fenômeno inabalável – que atravessa continentes e séculos, e que é muito indicativo da hostilidade inata do Islã ao cristianismo”, explica Ibrahim, citando como embasamento o professor Sidney H. Griffith, que leciona Estudos Cristãos Primitivos da Universidade Católica da América.
“A cruz e os ícones [líderes cristãos] declararam publicamente aqueles pontos da fé cristã que o Alcorão, na visão muçulmana, explicitamente negou: que Cristo era o Filho de Deus e que ele morreu na cruz”, disse o professor Ibrahim.
Consequentemente, “a prática cristã de venerar a cruz muitas vezes despertou o desprezo dos muçulmanos”. Com isso, explica Griffith, desde o surgimento do islamismo através de Maomé sempre houve uma “campanha contínua para apagar os símbolos públicos do cristianismo, especialmente os anteriores, sinal onipresente da cruz”.
Em seu artigo produzido para o American Thinker, Ibrahim também cita o xeque Abdul Aziz al-Tarifi, um especialista saudita sobre a lei islâmica. O líder muçulmano disse que “sob nenhuma circunstância é permitido um humano usar a cruz”, visto que Maomé, segundo ele, “ordenou a destruição da cruz”.
Assim, com inúmeras citações, o professor Ibrahim demonstra que os ataques muçulmanos aos cristãos, enquanto pessoas, mas também aos símbolos do cristianismo, como a cruz, não é uma empreitada nova, mas uma herança histórica fundamentada em um discurso religioso que existe desde os primórdios da religião islâmica.
“A jihad contra a cruz começou com Maomé, foi levada a cabo pelos primeiros califas e continua até hoje com os jihadistas no mundo, sem mencionar o muçulmano ‘cotidiano’ ocasional”, conclui o autor.