Se declarar um cristão convertido na República Islâmica do Irã significa colocar a sua vida em risco permanente. Isso, porque, não é permitido abandonar o islamismo para adotar outra religião. Essa é uma determinação do Estado, fundamentada na própria doutrina legislativa muçulmana, ou “sharia”.
Em consequência disso, inúmeros ex-muçulmanos são perseguidos, torturados, presos e até executados por causa da fé em Jesus Cristo. Foi o que aconteceu, por exemplo, com seis cristãos recém-convertidos na cidade de Rasht, no Norte do Irã.
Khalil Pour-Dehghan, Hossein Kadivar, Abdolreza Ali Haghnezhad, Kamal Nemanian, Mohammad Vafadar e Mohammad Eslamdoost foram presos porque decidiram abandonar o islamismo para seguir o Evangelho de Jesus Cristo. Eles optaram conscientemente abrir mão da própria liberdade por amor à única Verdade revelada por Deus.
Essas prisões são comuns. Segundo informações do IRAN HRM, uma organização que monitora violações humanitárias no país, todos os meses é feito um levantamento dos casos envolvendo perseguição, prisão e outras agressões à liberdade religiosa no país.
A organização destaca que em dezembro passado (2018) a Terceira Comissão da Assembleia Geral da ONU condenou o Irã pela 65ª vez pelo recorde de violações de direitos humanos, especificamente envolvendo a grande número de pena de morte, prisões arbitrárias e negação de auxílio médio aos presos.
Um número altíssimo de prisões e decretos de pena de morte foram contabilizados no Irã na última década, além das violações envolvendo direitos políticos e violência de gênero.
“O Relatório Mensal do Irã sobre Direitos Humanos – de fevereiro de 2019 – faz observação das execuções, violação da liberdade de expressão e reunião, punições cruéis e degradantes, maus-tratos de prisioneiros, violação da liberdade de religião e crença, discriminação contra mulheres e minorias étnicas e falta de direitos”, destaca a HRM.