Servir a Cristo em um contexto de perseguição religiosa promovida por radicais islâmicos não é nada fácil. Essa realidade é bem conhecida por uma família de cristãos que vive no distrito de Kamuli, leste de Uganda, onde um muçulmano que agredia a esposa cristã acabou se rendendo também a Jesus.
Waiswa, de 45 anos, não aceitava a conversão da esposa. Ela entregou sua vida a Cristo em março de 2019, após conversar com um pastor evangélico sobre angústias que assolavam o seu coração. Depois de fazer uma oração, ela se sentiu aliviada e viu que foi tocada por Deus, deixando o islamismo em seguida.
“Quando compartilhei o amor de Cristo com meu marido, ele ficou tão furioso comigo e reagiu com um tapa e um chute, o que machucou minha costela no lado esquerdo”, disse Namuwaya, esposa de Waiswa.
Apesar da agressão, Namuwaya continuou orando pela vida do seu marido e também dos nove filhos do casal. Ela conseguiu falar de Cristo primeiro para os filhos, até que algo sobrenatural aconteceu.
“Depois de dois meses, Jesus apareceu ao meu marido em uma visão que levou à sua conversão à fé cristã. Ele então parou de assistir às orações na mesquita”, disse a mulher, segundo informações da Uganda News. A perseguição, no entanto, não havia encerrado.
O pai de Waiswa tomou conhecimento da sua conversão e reuniu os líderes muçulmanos locais para acertar a punição do filho. A família, portanto, passou a ser ameaçada de morte. A igreja que frequentavam foi o lugar onde puderam encontrar apoio.
“Procuramos refúgio na igreja, onde moramos desde dezembro de 2019”, disse Waiswa. O pastor local também está apreensivo, pois a sua igreja se tornou alvo dos radicais muçulmanos.
“Em 20 de fevereiro recebi algumas mensagens ameaçadoras de que minha igreja será destruída por converter muçulmanos em cristãos”, disse o pastor, cujo nome não foi revelado por razões de segurança, assim como os verdadeiros nomes de Waiswa e Namuwaya.
“Alguns de meus membros pararam de frequentar a igreja por medo de suas vidas em um possível ataque dos muçulmanos. Deixar a família desamparada não é uma boa ideia, mas perder membros da igreja também não é bom. Nós, como igreja, estamos em um dilema”, disse o pastor.