Uma cristã viu sua família ser destruída por conta da intolerância religiosa de seu marido, muçulmano, e agora, ela teme perder sua filha por conta da cultura de seu país, que privilegia os homens em relação à guarda dos filhos em caso de divórcio.
A Missão Portas Abertas compartilhou a história de Sameda, uma seguidora de Jesus Cristo que vive na Ásia e precisa das orações de seus irmãos na fé para superar essa adversidade. As informações detalhadas sobre o local onde ela vive foram omitidas por questão de segurança.
A história de Sameda, 23 anos, começa quando ela conheceu o homem com quem se casou, chamado Rashid. Embora fosse muçulmano, ela decidiu se unir a ele “porque ele me pareceu um bom homem”.
No relato feito ao missionário da Portas Abertas, ela contou que por um tempo ela e o marido viveram em paz, mas isso não durou muito: “Inicialmente, ficamos muito felizes, até ele saber da minha fé. Não escondi o fato de ser cristã e disse a ele que Deus tocou minha vida um dia”.
Ao tomar conhecimento da fé da esposa, Rashid mudou seu comportamento com ela e os pais dele passaram a pressioná-la para negar a Jesus e retornar ao islamismo. Em pouco tempo, o próprio marido dela já a hostilizava, chegando a agredi-la durante sua gravidez para que desistisse da fé cristã.
“Eu disse a ele que seria fiel a Cristo. Não posso mais imaginar minha vida sem Jesus”, contou Sameda, que depois de dar à luz uma menina, recebeu um ultimato do marido: negar a Jesus Cristo ou se divorciar e perder a guarda da filha.
Ela se manteve firme em sua decisão, e Rashid a expulsou de casa, junto com a criança. A solução que Sameda encontrou foi bater à porta de sua mãe, pedindo por abrigo. “Foi tão estressante e trágico para mim. Meu amado marido, que sempre pareceu tão gentil e atencioso, me expulsou de sua casa com um bebê de um mês sem nenhum meio de subsistência. Dificilmente poderia chegar à casa da minha mãe”, lamentou.
Vivendo em um pequeno cômodo na casa de sua mãe, Sameda ainda continua sendo pressionada pelos vizinhos para voltar ao islamismo: “As pessoas dizem que eu sou asiática, nascida como muçulmana, e deveria ser isso toda a minha vida. Eles me chamam de traidora da ‘pura religião’ e do ‘verdadeiro profeta’, Maomé, mas como posso trair algo ou alguém que eu nunca soube e entendi? Sim, eu sou cristã, mas também uma mulher asiática”, pontuou.
Guarda da filha
Os próximos dois meses serão de apreensão máxima para a jovem cristã e sua filha, pois Rashid afirmou que irá à Justiça local pedir a guarda de sua filha. Ele tem, a seu favor, a tradição cultural local, que favorece os homens para manter a guarda dos filhos em caso de divórcio.
Sem dinheiro para contratar um advogado que defenda sua causa, ela confia em Deus: “Sobretudo, eu preciso ser forte na minha fé, não quero perdê-la, perder o relacionamento com Cristo, mas às vezes é muito difícil. Eu preciso ter contato com outros crentes”, disse.
A Missão Portas Abertas, além de divulgar a história de Sameda para que os irmãos na fé orem por ela, também providenciou uma forma de ajudá-la, secretamente, com um carrinho de bebê e mantimentos.
“Graças a Deus pela ajuda no momento certo. Você trouxe um carrinho de bebê que eu nunca sonhei, porque eu não tinha dinheiro suficiente mesmo para comida. Vi mais uma vez que Deus está vivo e ele se preocupa com seus filhos”, afirmou Sameda, grata pela ajuda.
Ore por essa jovem cristã, aflita e com todas as circunstâncias contrárias, mas fiel a Jesus.