Nascer em um lar religioso não é garantia de compreensão sobre o que professa. É por isso que muitos mudam ao longo da vida, após uma busca pessoal pela verdade. Foi o que aconteceu com então muçulmano Nasser al’Qahtan, natural da Arábia Saudita.
Nasser foi educado conforme a doutrina islâmica e cresceu com o desejo de se tornar um jihadista. Ou seja, se alistar em um dos grupos extremistas islâmicos, como o Estado Islâmico, para travar a Jihad, ou “Guerra Santa”, contra os chamados “ímpios” que não aceitam se curvar ao islamismo.
Mas Nasser e a sua família se mudaram para os Estados Unidos ainda na década de 1990, quando ele ainda era um adolescente. “Deus tinha outros planos para mim”, disse ele em um vídeo do Your Living Manna, segundo informações do God Reports.
Apesar da mudança, o jovem muçulmano se dedicou em não apenas dar continuidade às suas práticas muçulmanas, como também a pregar e tentar atrair outras pessoas para o islamismo. Em sua mente, a mudança não teria ocorrido por acaso. Tudo teria sido parte de um plano maior.
“O que eu ia fazer? Eu estava cercado por infiéis. Ou você faz uma guerra contra eles ou tenta trazê-los para o Islã de outra forma. Eu pensava que Alá me trouxe aqui para evangelizá-los”, lembra.
Mas, a vida de Nasser começou a ser impactada quando ele conheceu uma jovem cristã chamada Daisy e passou a namorar com ela. Os anos seguiram e eles se casaram. Nasser tentou trazê-la para o islamismo, mas ela manteve firme a sua fé em Jesus Cristo.
Com o tempo, Nasser passou a considerar o extremismo. Ele estava se vendo como um transgressor da sua fé, alguém que só teria chance de chegar ao paraíso se desse a sua vida por Alá, no meio de uma guerra. Foi nesse contexto que Daisy lhe convidou para ir a uma igreja, e ele curiosamente aceitou.
“Se eu vou para o Inferno, posso muito bem descobrir o que eles fazem na igreja”, pensou ele na ocasião. “Achei que era a coisa mais satânica que já tinha visto, mas eu estava tão atraído por continuar voltando pelo amor que eu sentia lá”.
De muçulmano a ex-muçulmano
Como a Palavra de Deus jamais volta vazia, o então muçulmano Nasser foi alcançado pelas verdades do Evangelho de Jesus Cristo durante um dos cultos na igreja, até que em dado momento ele pediu que Deus lhe mostrasse a verdade. Foi assim que ele teve uma experiência sobrenatural.
“Imediatamente eu tive uma visão. Tudo antes de mim foi varrido e eu fui transportado para um morro rochoso, eu estava olhando para baixo para um homem que foi espancado tão brutalmente a ponto de ficar irreconhecível. Ele estava sendo pregado numa cruz. Eu sabia que era Jesus”, disse ele.
“Eu vi a cruz sendo levantada e Ele estava pendurado ali, sangrando e lutando para respirar. Eu estava olhando nos olhos dele. Ele estava olhando para mim e através de mim. Ele via todo o meu lixo, as coisas escondidas em minha vida. Eu sentia uma onda de vergonha”, relata Nasser.
Em vez de rejeição, porém, o muçulmano percebeu que Jesus lhe demonstrou compaixão, misericórdia e amor. Nasser entendeu ali que o Filho de Deus não era só um profeta, como ensina o islamismo, mas o próprio Deus encarnado, a fim de salvar a humanidade dos seus pecados.
“Descobri-me confessando Jesus Cristo como meu Senhor, como meu Deus, como meu Salvador. Assim que fiz aquela oração, imediatamente senti um fogo cair sobre mim. Eu me senti envolvido naquela presença incrível que era pura paz, amor e pertencimento. Foi a coisa mais incrível que eu já senti. Naquele dia, o homem que saiu daquela igreja não era o mesmo que entrou”, lembra.
Hoje Nasser faz parte da Equipe de Líderes Globais da Multiply, uma organização missionária que atua no Oriente Médio e na África, anunciando a Jesus. O seu testemunho é um, entre tantos outros de pessoas que deixaram o islamismo para seguir o verdadeiro evangelho da salvação.