A perseguição religiosa contra os cristãos que vivem em Bangladesh tem resultado em um deslocamento em massa nos últimos anos. Isso, porque, grupos muçulmanos radicalizados têm cometido verdadeiras atrocidades, incluindo a queima de casas, segundo informações da organização missionária Asian Access.
“Nos últimos três anos, 11.300 cristãos foram deslocados de suas casas. Grupos fundamentalistas vão até queimar as casas”, disse o diretor da entidade, explicando que esses ataques se tornaram comum no país, especificamente contra os cristãos convertidos do islamismo.
Cristãos que deixaram o islamismo são tratados com maior rejeição, chegando a ser expulsos da própria família. Em países de tradição muçulmana, a conversão é vista como motivo de vergonha e também um ato digno de punição.
“Este é um fenômeno comum. Quando as pessoas vêm ao Senhor com origem na maioria muçulmana, elas não são bem-vindas. E eles são simplesmente expulsos de suas famílias”, diz o líder da Asian Access, segundo informações da Persecution.
O cristianismo cresce
Apesar da forte perseguição religiosa aos cristãos, o número de cristãos em Bangladesh tem crescido exponencialmente. Segundo relatos de um missionário da organização Christian Aid Mission, cerca de 1.758 pessoas já foram batizadas pela entidade nos últimos anos.
Atualmente, Bangladesh ocupa a 29ª posição na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas, em um ranking de 50 nações. A entidade ressalta que parte da explicação para o aumento da intolerância aos cristãos se deve à conivência das próprias autoridades.
“Ataques contra prédios de igreja continuam por todo o país e as autoridades frequentemente ignoram as reclamações apresentadas por cristãos”, diz a Portas Abertas. “Nos últimos anos, Bangladesh tem subido significativamente na Lista Mundial da Perseguição. A violência também tem aumentado.”
A organização pede para que os cristãos em outras partes do mundo orem pela Igreja Perseguida, a fim de que Deus levante recursos materiais e espirituais para ajudar a população vítima da opressão.