Walt Heyer é um homem que se identificou como transgênero no passado e, por isso, abriu mão de seu casamento, sua identidade e fez a opção por uma cirurgia de mudança de sexo.
Anos depois, se arrependeu, fez um processo de reversão hormonal e passou a se dedicar a apresentar às pessoas as consequências de sua decisão.
Agora, o ex transgênero está contando sua história de vida e de dezenas de outras pessoas com jornadas semelhantes no livro Trans Life Survivors. Na introdução, o autor afirma que o livro “mostra e-mails de cerca de 30 pessoas, selecionadas entre centenas que me escreveram, sobre o que muitos chamam de ‘o maior erro’ de suas vidas”.
Heyer fala do assunto com autoridade, pois travou uma luta contra a disforia de gênero ao longo de sua vida. Décadas atrás, orientado pelos médicos, fez uma operação de mudança de sexo e viveu como uma mulher por aproximadamente oito anos.
No entanto, mais tarde ele descobriu que o diagnóstico correto para ele era “distúrbio dissociativo de identidade” (DID, na sigla em inglês), uma condição mental causada por um trauma na primeira infância, que a cirurgia que ele tinha se submetido não resolveria.
“Estava ficando claro que a cirurgia — que eles chamam de mudança de sexo ou redesignação de sexo — não é uma mudança de sexo ou gênero, mas um meio de viver um baile de máscaras através da destruição de órgãos sexuais perfeitamente bons”, disse Heyer, de acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).
Ele voltou a viver como um homem há 25 anos e hoje se sente motivado por sua fé cristã a compartilhar seu testemunho e o de tantas outras pessoas, com o propósito de evitar que mais pessoas sofram com um erro da mesma forma que eles sofreram.
“Eu apresento este grupo representativo de testemunhos pessoais angustiantes para avisar aos defensores dos transgêneros: nós, sobreviventes, sabemos que há problemas profundos na ‘La La Land Trans'”, declarou o escritor, pontuando que enquanto o lobby transexual empurra a transição de gênero como a solução perfeita para aqueles que lutam contra a disforia de gênero, a verdade é que, para muitos, a novidade da transição acaba por desaparecer, tornando a condição psicológica muito mais instável.
Um editorial escrito por Stella Morabito para o portal Federalist destacou que o livro de Walt Heyer cita numerosos estudos mostrando que a disforia de gênero coexiste com outras condições mentais, como o DID, transtorno bipolar, depressão e transtornos obsessivo-compulsivos (TOC).
“Se essas outras condições fossem tratadas pela primeira vez através da terapia cognitiva, não há como dizer o quanto isso aliviaria a disforia de gênero sem qualquer necessidade de cirurgias invasivas e tratamentos hormonais”, escreve Morabito.
“Mas este parece ser um segredo bem guardado por ativistas políticos e da mídia que têm interesse em promover a política de identidade em geral e a ideologia de gênero em particular”.
Enquanto trava essa luta contra a agenda progressista de estímulo do transgenerismo e a máquina de propaganda da grande mídia, Heyer espera que seu livro traga luz sobre o problema e permita a oferta de ajuda adequada para quem acredita ser transgênero, mas se encontra na dúvida sobre a mudança de sexo.
“Os arrependidos precisam de pessoas ao seu redor para dar força nessa jornada — pessoas dispostas a ouvi-los com amor, falar palavras de cura, fornecer assistência emocional, legal e financeira e animá-los para o recomeço”, concluiu o escritor, que já teve sua história de vida contada em uma extensa matéria do Domingo Espetacular, da Record TV.