Uma mulher foi assassinada logo após sair de um culto evangélico e dar carona a um casal que ela havia conhecido na igreja. O crime foi cometido após a vítima não poder dar dinheiro ao casal.
A mulher, de 55 anos, foi encontrada morta em um canavial da cidade de Jardinópolis, às margens da rodovia Anhanguera, no interior de São Paulo. O casal que havia recebido a carona foi preso em flagrante e confessou o crime.
O delegado responsável pelo caso, Cesar Augusto de França, disse não ter dúvidas de que o crime foi premeditado e os indiciou por latrocínio e ocultação de cadáver.
A vítima, que atuava em causas sociais, tinha conhecido os suspeitos em uma igreja evangélica na cidade de Ribeirão Preto, vizinha a Jardinópolis, e já havia ajudado o casal antes, de acordo com informações da EPTV.
Os assassinos, Roger Max Soares, 26 anos, e Rebeca Soares da Silva, 25 anos, foi detido com o carro da vítima durante uma blitz policial na cidade, minutos após cometerem o crime. Na abordagem, os PMs pressionaram o casal e Roger decidiu confessar que tinha matado a dona do carro: “Depois de algumas indagações a respeito da procedência do veículo e do paradeiro da vítima, ele acabou confessando que havia obrigado a vítima a dirigir o veículo até um canavial, e que nesse local ele a matou, por ela ter se recusado a fornecer senhas de cartões de crédito para ele realizar saques”, explicou o tenente da PM Danilo Daltoso.
Segundo o criminoso, a iniciativa de matar a mulher tinha a ver com uma briga com vizinhos: “Ele teve um desentendimento com vizinhos, que ameaçaram ele de morte, tanto ele como a namorada. Ele tentou levantar dinheiro para comprar uma arma e matar esses vizinhos que ele tinha desafeto”, informou o tenente.
No depoimento ao delegado, Roger disse que não se arrepende do crime: “Lógico que não. Pra que eu vou me arrepender? Eu tinha que conseguir o dinheiro de uma forma rápida”, disse. Ele ainda afirmou que a namorada não ajudou a matar a vítima.
“Eu só presenciei, não sabia que ele ia cometer o ato. Tentei ajudar mas eu não podia, também fui ameaçada por ele. A única ameaça que eu sofri foi no ato, quando a gente foi na igreja, a dona ia levar a gente em casa. Ele foi cometer o ato e eu disse ‘não faz isso, Roger. Porque ela é uma pessoa muito boa’, mas ele me ameaçou também”, defendeu-se Rebeca.
Para o delegado, no entanto, Rebeca é cúmplice: “Foi conivente porque não procurou a polícia. Ele matou a mulher, foi para Ribeirão Preto e depois voltou para Jardinópolis. Ela tinha condições de denunciá-lo, não o fez porque era comparsa”, disse França.