O senador Magno Malta (PR-ES) e a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) fizeram uma visita ao Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre o julgamento que pode descriminalizar a posse e uso de drogas.
Na visita, Malta e Sá enfatizaram os problemas sociais causados pelo uso de drogas, e recomendaram que o ministro Luís Roberto Barroso, um dos que os receberam, fizesse uma visita a uma casa de recuperação de dependentes químicos para ponderar a respeito do assunto antes de decidir seu voto.
Segundo Malta, o diálogo foi produtivo e Barroso recebeu bem a iniciativa dos parlamentares: “Mostrei a ele, dos meus 35 anos que passei tirando drogados das ruas e também a experiência que vivi como presidente da CPI do narcotráfico, eu mostrei a ele os malefícios morais, psicológicos, físicos e sociológicos que a maconha produz. […] Ele [Barroso] foi muito educado. Eu disse a ele para visitar casas de recuperação e ele me pediu referências do entorno para poder ir e conversar com os próprios drogados. Nós temos esperança de que ele venha conosco, para não permitir que essa desgraça aconteça no Brasil”, afirmou o senador, referindo-se à descriminalização.
O senador argumentou ainda que a ideia de legalizar o uso das drogas para evitar que as cadeias fiquem superlotadas é frágil: “No Brasil de fronteiras abertas, um país com a segurança pública completamente jogada, o argumento de que nós vamos lotar as cadeias não é argumento […] as cadeias estão cheias de pedófilos, traficantes, assaltante de banco, e ninguém vai legalizar isso só porque as cadeias estão cheias”, ponderou Magno Malta.
Analistas jurídicos apontam que os ministros do STF deverão votar pela descriminalização, seguindo a indicação do relator Gilmar Mendes. O processo é referente ao caso de um homem preso portando maconha em Diadema (SP).