Uma mulher perseguidora de cristãos que professava a fé islâmica terminou entregando sua vida a Jesus após tentar fazer justamente o contrário: convencer seguidores do Cristo a se tornarem muçulmanos.
O testemunho de conversão foi apresentado pela Portas Abertas. O nome real da mulher foi mantido em sigilo por questões de segurança, e a entidade missionária a referiu como Latifa, que vive num país no norte da África.
“Ela era de uma família em que o pai criticava a fé islâmica e agia com rispidez pela filha seguir todos os preceitos do islamismo. Latifa estudava a fundo a religião para persuadir o pai. Porém, acabou cheia de questionamentos e deixou de crer no islã. Nessa época, ela conheceu um rapaz de uma família cristã. Então voltou a se instruir para convencer o amigo e a mãe dele que eles estavam errados e eram infiéis”, diz o comunicado da Portas Abertas.
Latifa contou como foi a experiência de tentar converter os cristãos: “Eles eram diferentes, se eu dissesse algo ofensivo, eles não reagiam. Eu costumava descrever Jesus como fraco porque aceitou ser crucificado. Eles simplesmente respondiam que o poder dele é aperfeiçoado na fraqueza”.
“Como resultado, eu costumava ir para casa e ler minha Bíblia, então ligava para a mãe dele mesmo no meio da noite e tinha uma conversa sobre isso. Eu não conseguia ficar longe da minha Bíblia”, relembrou.
Perseguição
Após aceitar o convite dos amigos cristãos para participar de um culto de Páscoa, Latifa entregou sua vida a Jesus, e a partir desse momento, sua família passou a hostiliza-la e persegui-la, ao ponto de a expulsarem de casa.
Latifa foi acolhida por uma irmã na fé cristã e assim que pôde, buscou se reconciliar com os familiares. Em seguida, casou-se com o amigo cristão que ela havia tentado converter ao islamismo e foi viver na mesma região dos parentes maternos, que eram muçulmanos radicais.
O resultado foi pressão e violência, tanto para o casal como para a filha deles, mas a situação enfrentada pela mulher e sua família chegou ao conhecimento da Portas Abertas, que passou a oferecer apoio e ajuda nas horas de maior dificuldade, através do missionário da entidade que atua na região.
“A Portas Abertas também me apoiou quando meu marido precisou cuidar de mim durante o período de quimioterapia, porque não tínhamos uma renda. Vocês me ajudaram a pagar meu aluguel e fizeram questão que eu fosse visitada porque não podia ir à igreja”, encerrou, dando uma demonstração da dimensão do trabalho missionário ao redor do mundo.
A Missão Portas Abertas é uma organização cristã internacional que atua em mais de 60 países apoiando os cristãos perseguidos por sua fé em Jesus, e anualmente elabora uma lista com os 50 países mais hostis à mensagem do Evangelho.