A tendência ao suicídio é cinco vezes menor em mulheres que frequentam cultos regularmente do que entre as que geralmente não vão à igreja. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita ao longo de 15 anos.
O levantamento sobre suicídio foi realizado com o acompanhamento de mais de 89 mil mulheres do começo de 1996 ao final de 2010, e o relatório foi publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA).
“A participação em cultos uma vez por semana ou mais foi associado com uma taxa de suicídio aproximadamente 5 vezes menor em comparação com as que não participam desses momentos nas igrejas”, dizia o relatório da pesquisa, de acordo com informações do Christian Today.
Os responsáveis pelo estudo destacaram que “a frequente participação em cultos religiosos foi associada a uma taxa significativamente menor de suicídio”.
Dentre as mulheres religiosas acompanhadas durante os anos da pesquisa, a maioria era cristã, e apenas 36 cometeram suicídio: “Nossos resultados não significam que os prestadores de cuidados de saúde devem prescrever a participação em cultos religiosos. No entanto, para os pacientes que já confessam sua fé, a participação em cultos pode ser incentivada como uma forma de ação social significativa”, acrescentaram.
O suicídio está entre as dez principais causas de morte nos Estados Unidos. “A religião e a espiritualidade podem ser um recurso subestimado pelos psiquiatras e médicos, mas eles podiam explorar mais isso com os pacientes, conforme o caso”, recomendaram os pesquisadores.
Valor à vida
No relatório, os responsáveis contextualizaram o fato de que as principais religiões do mundo pregam contra a morte autoinfligida: “Motivos religiosos, por vezes dados pelas proibições contra o suicídio incluem o seguinte: a vida é um dom de Deus e o suicídio vai contra a ordem natural, causando prejuízo para a comunidade. O suicídio incentiva outros a seguirem um curso semelhante e a morte seria maior mal para a vida na terra”.
A pesquisa também revelou um dado intrigante: no caso das mulheres cristãs estudadas, as católicas eram menos propensas a cometerem suicídio do que as protestantes. Nenhuma católica, das 7 mil que participaram do estudo, cometeu suicídio no período.