Em um mundo onde organismos internacionais e movimentos sociais clamam por direitos humanos, parece que um segmento da população mundial em particular não é visto como deveria, sendo ignorado pelos chamados “defensores das minorias”. Se trata das milhares de mulheres cristãs que são estupradas e mortas todos os anos por conta da fé em Jesus Cristo.
Esta semana a história de Saifura Khorsa e Leah Sharibu demonstrou com perfeição como essa realidade triste e cruel revela o caráter seletivo da grande mídia e dos que dizem lutar em prol dos direitos humanos.
Ambas foram sequestradas em março desse ano pelo grupo radical islâmico Boko Haram, na África. Segundo informações da Save the Persecuted Christians – STPC (Salvem os Cristãos Perseguidos), Leah Sharibu recebeu mais 30 dias de vida, enquanto a execução de Saifura Khorsa foi filmada e o vídeo divulgado.
“Há poucas semanas, o mundo festejou porque um vídeo provou que Leah ainda estava viva. Agora nós assistimos com horror quando ela e as outras mulheres foram levadas para o fuzilamento”, disse Dede Laugesen, fundador da STPC. Ele questionou a falta de cobertura da mídia internacional e pronunciamento das autoridades.
“Será que o mundo sabe mesmo disso? Eles se importam? Onde está o clamor por Saifura? Por Leah?”, questionou Laugesen, segundo o Charisma News.
Grande parte das mulheres que foram sequestradas em março já foram libertadas, mas Leah Sharibu, que se recusou a negar sua fé em Jesus Cristo, assim como outras, permanece sob o domínio dos terroristas, sendo violentada constantemente física e psicologicamente.
A organização Portas Abertas afirma que situações como essa são tão constantes que o mundo está enxergando como banal. A entidade diz que mensalmente cerca de 255 cristãos são mortos em todo o mundo, 104 cristãos são sequestrados e pelo menos 180 mulheres cristãs são estupradas, agredidas ou forçadas ao casamento.
A Portas Abertas orienta os cristãos a compartilharem mais esses dados, especialmente entre os líderes, para sensibilizar e conscientizar nossas igrejas sobre a situação desses irmãos em todo o mundo, possibilitando que obtenham mais visibilidade e consequente intervenção das autoridades.