As mensagens de Natal dos líderes de dois dos principais países do mundo em termos políticos e econômicos, Reino Unido e Estados Unidos, tiveram em comum uma mensagem de liberdade religiosa e de exaltação do significado de esperança presente na chegada do menino Jesus ao mundo.
Em Londres, o primeiro-ministro britânico David Cameron destacou que “como um país cristão, devemos nos lembrar do que o Seu nascimento representa: Paz, misericórdia, boa vontade e, acima de tudo, esperança”.
A mensagem destacou ainda que tais origens são o principal fundamento da postura de tolerância e acolhimento que o país tem adotado: “É por causa da herança cristã que o país tem sido tão tolerante aos não-cristãos”, pontuou. “Eu acredito que nós devemos também refletir sobre o fato de que é por causa dessas raízes religiosas importantes e valores cristãos que a Grã-Bretanha tem sido uma casa tão bem sucedida para as pessoas de todas as religiões ou de nenhuma fé”, acrescentou, segundo o Christian Today.
Reiterando a importância da preservação da liberdade religiosa, Cameron lembrou o mal causado pelos extremistas que não respeitam os diferentes cultos e a partir de uma visão distorcida, tentam impor suas crenças: “Milhões de famílias estão passando este inverno em campos de refugiados ou abrigos improvisados em toda a Síria, no Oriente Médio, expulsas de suas casas pelo Daesh (termo de repúdio em árabe usado para se referir ao Estado Islâmico) ou pelo [ditador sírio Bashar Al] Assad”, concluiu.
Já Barack Obama, presidente norte-americano, apontou diretamente para a situação dos cristãos perseguidos ao redor do mundo, muitos deles sob influência direta da ação do Estado Islâmico.
Em seu discurso, ele convocou cristãos de todo o planeta a orarem em intercessão por esses irmãos na fé: “Vamos nos juntar com as pessoas ao redor do mundo em oração pedindo a proteção de Deus aos cristãos perseguidos e às pessoas de outras religiões, bem como os bravos homens e mulheres que servem em nosso exército, os diplomáticos, e os esforços humanitários para aliviar seu sofrimento e restabelecer a estabilidade, a segurança e a esperança para suas nações”, discursou.
Em algumas áreas do Oriente Médio, onde os sinos da igreja haviam tocado durante séculos no dia do Natal, ficarão este ano em silêncio. O silêncio leva a trágica testemunha das atrocidades brutais cometidas contra estas comunidades pelo Estado Islâmico”, lamentou o presidente, de acordo com informações da CNN.
Por fim, Obama comentou que ele e sua esposa, Michelle, refletem sobre a situação de liberdade que os norte-americanos possuem para cultuar sem preocupações, um contraste em relação à situação de outros cristãos em diferentes lugares do mundo: “Estamos cada vez mais conscientes de que muitos de nossos irmãos cristãos não gozam desse direito, e mantemos especialmente perto de nossos corações e mentes aqueles que foram expulsos de suas terras antigas por causa de uma indescritível violência e perseguição”, afirmou, fazendo referência aos refugiados que têm buscado abrigo em países da Europa e também nos Estados Unidos, com uma sutil comparação com a história dos ancestrais que fundaram seu país quando fugiram da Inglaterra.