O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) incluiu novas provas contra a Igreja Renascer no processo que apura eventual prática do crime de lavagem de dinheiro por membros da denominação. O pedido de inclusão de provas, que foi aprovado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), referem-se, entre outros, ao depoimento de uma mulher que afirma ter sido coagida a doar um carro e R$ 30 mil aos acusados, sob pena de ser amaldiçoada por Deus.
No processo, Estevam Hernandes, Sônia Hernandes, Leonardo Abbud, Antônio Carlos Abbud e Ricardo Abbud foram acusados do crime previsto no artigo 1º, inciso VII, da Lei 9.613/98, por lavagem permanente de recursos da Igreja Renascer, obtidos de forma supostamente ilegal, por meio de exploração da fé religiosa, segundo informações do site Última Instância.
Inicialmente havia sido determinado que fossem retirados do processo os documentos juntados pelos promotores de Justiça integrantes do Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Crimes Econômicos), por causa de um posicionamento judicial que nega ao Ministério Público a possibilidade de instaurar procedimento investigatório. Porém, de acordo com a ministra Laurita Vaz, relatora do recurso que garantiu que as investigações do MP fossem aceitas, “o Ministério Público tem legitimidade, concedida pela Constituição Federal, para investigar fatos ligados à formação do seu convencimento acerca da existência, ou não, da prática de crime relativo ao respectivo âmbito de atuação”.
Por Dan Martins, para o Gospel+