As eleições 2016 registraram um aumento de 25% no número de candidatos que se identificam como pastores, se comparado com o último pleito municipal, em 2012.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam que existem hoje, entre candidatos a prefeito e vereador, 2.579 concorrentes que utilizam o título “pastor” no nome da campanha. Esse levantamento do TSE considera apenas palavras que não façam parte do nome de batismo ou sobrenome do candidato, mas que esteja no registro como identificação na urna.
De acordo com informações do G1, são 557 as candidatas que se identificam como “pastora” e 15 que usam variações com diminutivo ou aumentativo (“pastorzinho” ou “pastorzão). Há ainda aqueles que usam o título como uma referência, como por exemplo, “Raquel do pastor João”. Esses somam 39.
Porém, esses não são todos os evangélicos que se identificam como membros de uma igreja. Há 2.186 candidatos que registraram seus nomes de campanha como “irmão” e 841 que usaram “irmã” na apresentação.
Entre os católicos, existem 150 candidatos que se apresentam como “padre”, e 44 políticos que utilizam algum padre como referência no nome da urna, a exemplo dos evangélicos mencionados acima.
A presença religiosa é ampla e não é restrita a cristãos, de diferentes tradições. Embora existam 6 candidatos “freis” e 62 “bispos” – que podem ser católicos ou evangélicos neopentecostais – há 63 “pais” e 37 “mães” concorrendo nas eleições deste ano, indicativos de ligação com religiões afro-brasileiras.
Confira abaixo, um infográfico que mostra o crescimento do uso da referência religiosa como identificação eleitoral:
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