As eleições municipais terão centenas de candidatos com referência ao título de pastor, mas o número total sofreu uma queda brusca em comparação com as duas eleições similares anteriores, em 2016 e 2012.
Ao todo, 816 candidatos se identificam na propaganda eleitoral e na urna como “pastor” ou “pastora”. Outros 75 fazem referência à fé evangélica de forma mais abrangente, como por exemplo, “irmão”.
De acordo com a revista Época, dentre os candidatos com nome mais peculiar estão “pastor dançarino”, “pastor potente”, “pastora Deusa”, “pastor João Gato”, “pastor do açaí”, “pastor Manoel do céu”, “pastor dançarino” e “pastor Jesus”. Há ainda a “irmã Betânia do pastor Jorge” e “Aliete filha da pastora Abadia”.
Com o crescimento numérico dos evangélicos entre a população brasileira, esse tipo de levantamento se tornou comum. No entanto, as eleições de 2020 mostram uma brusca redução do número de candidatos que fazem referência ao sacerdócio ou à fé evangélica em seu nome de candidato. O que não significa, necessariamente, que o número de fiéis que tenta um mandato nas urnas diminuiu.
Em 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicou que houve, entre candidatos a prefeito e vereador, 3.316 concorrentes que utilizaram o título “pastor” no nome da campanha, um aumento de 25% em relação a 2012, quando o número foi de 2.643. Em comparação com 2020, a redução passa de 75%.
No grupo de sacerdotes, eram 557 as candidatas que se identificavam como “pastora” e 15 que usam variações com diminutivo ou aumentativo (“pastorzinho” ou “pastorzão) há quatro anos. Houve ainda aqueles que usaram o título como uma referência, como por exemplo, “Raquel do pastor João”. Esses somavam 39.
Além desses, havia também 2.186 candidatos que registraram seus nomes de campanha como “irmão” e 841 que usaram “irmã” na apresentação.