O testemunho de Heidi Wachtel é impactante, pois ele vai além do que muitos imaginam como uma vida aceitável e suficiente para ser feliz. Após ficar paralítica, ela não sucumbiu ao desespero e tristeza, mas encontrou em Deus a força necessária para seguir em frente e ser um exemplo de superação.
Heidi Wachtel estava no que parecia ser apenas mais um dia normal em sua rotina, quando sofreu um grave acidente. Esportista, já tendo corrido maratona e faixa preta de Karatê, ela estava com seu filho mostrando algumas manobras em um trampolim da família quando tudo aconteceu.
“A única coisa que sempre gritei com meus filhos é para sempre fechar o zíper do trampolim. Eu não fiz naquele dia e isso me custou caro”, disse Wachtel, lembrando da queda que sofreu.
Heidi caiu do trampolim de cabeça no chão, ocasionando uma grave lesão em sua medula espinhal. “Eu rastejei para dentro de casa, porque tudo formigava, mas eu ainda conseguia me mexer. Mas em mais ou menos uma hora eu não tinha nada. Quando o helicóptero de emergência chegou eu não tinha nenhum movimento”, disse ela.
A gravidade da situação no auge da vida de uma mulher forte e jovem lhe deixou inicialmente perturbada. Ela sabia que estava diante de um grande problema e, naturalmente, sentiu o impacto emocional da avalanche de coisas que estavam para acontecer.
“Sinceramente, as coisas que passavam pela minha cabeça eram: eu não queria viver. Não é assim que eu quero viver”, disse Wachtel à emissora KETV.
Apesar do trauma, Heidi recebeu o apoio do seu marido, Brayden, e buscou em Deus a força necessária para se reerguer emocionalmente, entendendo que nada acontece sem que exista um propósito específico, mesmo quando algumas coisas não são da vontade do Senhor, mas sim permitidas por Ele em função da condição humana.
“Você pode permanecer em algo que acontece ou pode escolher fazer algo com isso”, pensou ela. Com isso em mente, Heidi mudou completamente de perspectiva em relação a sua situação.
“Eu consigo respirar. Consigo mexer minha cabeça. Ainda tenho meu cérebro funcionando. Tenho braços que estão começando a funcionar, então chega. Tenho minha compaixão. É hora de seguir em frente e vamos ao que vem a seguir”, disse ela.
Falando sobre a sua atual condição como paralítica, Heidi disse que já consegue fazer algumas coisas sozinha, como se alimentar e até escovar parcialmente seu cabelo. Ela está retomando, aos poucos, o movimento dos seus braços.
“Deus tem um propósito e é minha responsabilidade cumpri-lo. Então vou chegar tão longe quanto Ele quer”, conclui a paralítica de 43 anos, moradora de Nebraska, nos Estados Unidos.