Gutierres Fernandes Siqueira, autor dos livros Revestidos de poder (CPAD), O Espírito e a Palavra (CPAD) e Reino dividido (GodBooks), usou os seus perfis nas redes sociais para se posicionar contra uma declaração feita pelo pastor Paulo Junior, líder da Igreja Aliança do Calvário, a respeito de avivamento.
O posicionamento do escritor que é membro da Assembleia de Deus (Ministério do Belém) em São Paulo (SP) se deve a uma declaração feita pelo pastor Junior, onde o mesmo se refere ao avivamento da Rua Azusa, ocorrido na Califórnia (EUA) em 1906, como um embalo emocional.
Gutierres explicou que por se tratar de uma figura pública, o pastor Junior deveria ser refutado, motivo pelo qual resolveu escrever a esse respeito. Inicialmente, o assembleiano destacou a importância histórica do evento na Azusa.
“O avivamento na Rua Azusa foi um momento crucial na história moderna do cristianismo. Em um período de intensa segregação racial, William Seymour, um pastor afro-americano, liderou um movimento que quebrou barreiras raciais e culturais ao unir cristãos de diversas origens em um único lugar”, disse ele.
Na sequência, Gutierres lembrou que devido ao mover sobrenatural daquele período, uma série de transformações sociais e de vidas passou a ocorrer não apenas nos Estados Unidos, mas também em várias partes do mundo.
Ele também frisou que, como característica de um avivamento genuíno, os crentes em Jesus passaram a orar e a ler a Bíblia com mais ênfase, evidenciando um comportamento de verdadeira comoção por seus pecados.
“Os relatos do período destacam a presença de um forte senso de chamado ao arrependimento, bem como uma forte ênfase na oração e no estudo da Palavra de Deus. Os participantes do movimento estavam profundamente comprometidos em levar a mensagem do evangelho para o mundo”, afirma Gutierres.
Opinião equivocada
O escritor assembleiano, por fim, disse acreditar que o mundo evangélico atual não seria o mesmo se o avivamento da Azusa não tivesse ocorrido. Ele apontou o evangelismo em escala global como uma característica de credibilidade para o ocorrido em 1906.
“A velocidade com que a mensagem do evangelho foi difundida pelo mundo, especialmente no Sul Global, é um reflexo da influência desse avivamento. Sem a paixão e o fervor dos crentes de Azusa, o mundo evangélico certamente não seria o que é hoje”, disse ele.
Lembrando que teólogos renomados como Alister McGrath discordam da visão de Paulo Junior, reconhecendo a importância da Azusa, Gutierres encerra seu comentário classificando a opinião do pastor da Igreja Aliança do Calvário como “superficial” e “equivocada”.
“A opinião do Paulo Júnior, lamentavelmente, é equivocada, mostra falta de conhecimento e é superficial”, conclui o autor. Sobre o mesmo assunto, veja também:
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